Quais as utilidades dos anelídeos para o ser humano?
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Com excepção das sanguessugas, das minhocas-da-terra e de alguns poliquetas usados como isco na pesca, os anelídeos são pouco conhecidos. Constituem, no entanto, um grupo extremamente importante.
Os anelídeos têm um papel ecológico vital. Nos ecossistemas aquáticos, sobretudo nos estuarinos e nos lagunares, oligoquetas e poliquetas são dos grupos de invertebrados mais numerosos e diversificados contribuindo directa ou indirectamente para a alimentação de numerosas espécies, algumas das quais consumidas pelo Homem.
Pela sua capacidade escavadora e pelas suas estratégias alimentares reciclam nutrientes disponibilizando-os para outros organismos. Quando surgiram pela primeira vez no Planeta, os anelídeos marinhos (poliquetas) foram os pioneiros a explorar os fundos e a libertar os nutrientes aí acumulados. Nesta sua actividade contribuíram, nessa altura, para a acumulação de dióxido de carbono na atmosfera (até então largamente consumido pelas cianobactérias na sua actividade fotossintética), o que permitiu aprisionar mais o calor do sol e assim aumentar a temperatura global do Planeta. Por seu turno, os anelídeos terrestres (oligoquetas) revolvem o solo, arejando-o, enriquecendo-o com nutrientes, contribuindo assim para tornar a Terra mais verde e florida.
Finalmente, as sanguessugas, já importantes em cirurgia (plástica e de reconstrução), poderão vir a demonstrar ainda mais o seu interesse no combate a doenças, nomeadamente cardiovasculares.
Os Anelídeos colonizam todos os tipos de habitats, modelando-os e, apesar da sua modéstia, estes animais deixam a sua marca, subtil, mas fundamental a toda a Vida do nosso Planeta.