Geografia, perguntado por 4540793941, 8 meses atrás

Quais as soluções para eliminar o continente de lixo no Oceano Pacífico?

Soluções para a tarefa

Respondido por gameover45510
0

Resposta:

Desde 2013, o jovem Slat Boyan e sua ideia de retirar os plásticos dos oceanos é acompanhada com expectativa. Cinco anos se passaram, entre protótipos e testes, e, no último sábado (8) o “The Ocean Cleanup”, sua organização, lançou o revolucionário sistema na Baía de São Francisco na Califórnia, Estados Unidos. Ele está agora a caminho de um ponto intermediário, onde passa por testes nestas duas semanas, antes de continuar sua jornada rumo à ilha de lixo.

Resumo da história

Slat era apenas um estudante quando realizou uma viagem de mergulho na Grécia. Na época, ele ficou surpreso com a quantidade de resíduos encontrados no mundo subaquático e uma vez de volta à terra decidiu que precisava fazer algo para ajudar a resolver o problema. Desde então ele está empenhado na construção de uma tecnologia que limpe o “Grande Depósito de Lixo do Pacífico”: uma região – popularmente chamada de “ilha de lixo” -, localizada no oceano Pacífico onde, por causa da dinâmica natural das correntes marítimas, resíduos sólidos estão concentrados. A zona está entre o Havaí e a Califórnia.

Chamado de “Sistema 001”, o maquinário criado por Slat saiu da Baía de São Francisco para chegar até o oceano Pacífico. A ideia é que o sistema desenvolvido junto à sua equipe seja capaz de coletar 50% da “ilha de lixo” em apenas cinco anos. O grupo de Slat defende que usando métodos convencionais levaria milhares de anos e dezenas de bilhões de dólares para isso ser possível.

O produto é como uma barreira flutuante em forma de U composto basicamente por dois mecanismos. Uma parte fica suspensa na água e a outra flutua seguindo o fluxo da água. O flutuador, que fica na superfície da água, possui 600 metros de comprimento, o componente anexado abaixo possui três metros de profundidade.

Os detritos serão canalizados para o centro do sistema. A mesma força que moverá os resíduos também moverá o sistema de limpeza. “Tanto o plástico quanto o sistema estão sendo carregados pela corrente. No entanto, o vento e as ondas impulsionam apenas o sistema, já que o flutuador fica logo acima da superfície da água, enquanto o plástico fica basicamente abaixo dele. O sistema, portanto, se move mais rápido que o plástico, permitindo que o plástico seja capturado”, explica a organização holandesa Ocean Cleanup, que garante que não se trata de uma rede, portanto seres marinhos não ficarão presos.

O sistema foi projetado e testado para usar e suportar as forças do oceano. Para não correr o risco de colisão com navios, cada sistema é equipado com lanternas, refletores de radar, sinais de navegação, GPS e sinalizadores anticolisão. Além disso, a Guarda Costeira dos EUA mapeará a área como uma zona de operações especiais e emitirá uma notificação aos marinheiros sobre a presença do sistema. E um aspecto importante em tudo isso: todos os componentes eletrônicos usados são alimentados por energia solar.

Metas

A primeira leva de plástico será coletada e devolvida à terra dentro de seis meses. Feito isso, a Ocean Cleanup planeja reciclar o material e usar os recursos para ajudar a financiar as operações de limpeza. “O lançamento é um marco importante, mas a celebração real virá assim que o primeiro plástico retornar à costa. Por 60 anos, a humanidade tem colocado plástico nos oceanos; a partir daquele dia, vamos retirá-lo novamente”, entusiasma-se, com razão, o jovem Slat.

A equipe desenvolvedora prevê a possibilidade de remover 90% do plástico oceânico até 2040. Para tanto, a ideia é que a frota de limpeza seja ampliada gradualmente ao passo que aprendam com os erros (agora que o equipamento está em campo) e possam sofisticar a tecnologia. Por enquanto, em fase de testes, o Sistema 001 está em observação constante e será rebocado daqui a duas semanas para a ilha de lixo. “Esperamos que a viagem leve aproximadamente de duas a três semanas. Quando chegar, a limpeza começará”, afirmam seus desenvolvedores em nota à imprensa.

Perguntas interessantes