Artes, perguntado por SaahOliveira3030, 6 meses atrás

Quais as principais mudanças sociais que levaram a reijeçao do racionalismo?.

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Respondido por joserolins1984
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Resposta:

Entretanto as coisas começaram a mudar e já entre os séculos XIV e XV se percebia que o feudalismo entrava em crise, por razões que não nos cabe analisar aqui. O fato é que, a Idade Média Ocidental compreende aquele período de mais ou menos 10 séculos, entre a queda de Roma e a queda de Constantinopla. Predominava a Igreja, o feudalismo era o sistema que organizava a sociedade em si, herdara-se a Filosofia grega, o direito e o idioma romanos.

Falar de declínio do período medieval, não é falar, portanto, de declínio só de um dos aspectos acima. A queda do sistema feudal foi se dando por mudanças no homem e na sociedade (ao mesmo tempo em que também gerava essas mudanças), o que afetou também a hegemonia clerical.

Como acontecera na Grécia Antiga, o homem precisava agora de outras explicações para a realidade à sua volta. Com o advento das Grandes Navegações, os horizontes se expandiam. O comércio foi refervilhando aos poucos, possibilitou-se o acesso a outras culturas através de suas obras literárias, que foram sendo traduzidas. A Grécia Clássica era redescoberta e as artes sofriam efervescência. Claro que tudo isso com o patrocínio da burguesia, que queria ascender, primeiro socialmente, depois politicamente, não só com benefícios, mas com participação (se não, com detenção mesmo) do poder.

As mudanças queridas, patrocinadas e efetivadas pela burguesia foram se dando aos poucos. Nada disso aconteceu de uma hora para outra, mas com o passar das décadas e dos séculos, culminando na Revolução Francesa.

Outro aspecto a ser ressaltado é que, essa mudança de mentalidade, acarretou mudanças em todas as esferas da sociedade. Das cinzas do Feudalismo, foi se configurando o Capitalismo. Da hegemonia da Igreja Católica, veio o cisma do Ocidente. A nova ética protestante casava muito bem com o espírito do capitalismo e, portanto, com o ideal da burguesia.

Pela própria índole do Capitalismo, a expansão dos mercados era necessária. Era mister que houvesse um espírito aventureiro e científico que possibilitasse a concretização do que se almejava. O homem voltou a ser o centro e a medida das coisas. Era o que pregava o Racionalismo. Não se pode, entretanto, presumir que com isso se nega Deus. Ao contrário, a raiz desse movimento ainda se encontrava na Idade Média. Ele assemelha-se mais à metafísica que ao Empirismo nesse ponto. O próprio Descartes, tido como o pai do Racionalismo, vai procurar justamente afirmar e provar a existência de Deus.

Também não se pode confundir o Racionalismo com o pensamento medieval. A diferença está justamente no sujeito. O Racionalismo devido ao contexto histórico no qual ocorre, procura olhar o mundo com a razão, já não mais dependente da Fé como no período medieval, mas confiando mais no ser humano e suas potencialidades: o enfoque é antropológico. O que se busca não é negar Deus, e sim afirmar o homem, enquanto ser diferente e superior aos demais, porque racional

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