Artes, perguntado por gabrielfhelope81ix, 1 ano atrás

quais as principais diferenças entre tragedia grego e teatro medieval°

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Respondido por Raphaela2019
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No começo, o teatro grego não era apenas uma narração dramática, era um rito religioso em honra a Dionísio.  

Os teatros eram auditórios ao ar livre. A hora do início do espetáculo era o amanhecer. Muitas vezes os cidadãos assistiam a 3 tragédias, uma tragicomédia e uma comédia. O teatro era considerado parte da educaçõa de um grego. Em Atenas, o comércio era suspenso durante os festivais dramáticos. Os tribunais fechavam e os presos eram soltos da cadeia. O preço da entrada era dispensado para quem não pudesse pagar, e até as mulheres, que não podiam participar de quase todos os acontecimentos públicos, eram bem recebidas no teatro.  

Duas formas do drama grego, a comédia e a tragédia, acabaram por dominar o teatro Dionisíaco, embora as outras formas dramáticas não tivessem morrido. Em Atenas, dois festivais eram dedicados todos os anos à comédia e à tragédia. O festival Dionisíaco da cidade, em março-abril, concentrava-se na tragédia. O festival Lêneo, que tinha esse nome devido ao mês grego (janeiro-fevereiro), tradicionalmente reservado para a ce lebração de casamento, era dedicado principalmente à comédia.

Os treatólogos apresentavam suas obras a um funcionário chamado arconte. Se o arconte aprovasse a peça seria encenada. Era dado aos autores vitoriosos um corego (um cidadão rico para custear as despesas da peça). O corego escolhia então um tocador de flauta e um coro e prosseguia com a encenação. Se o corego fosse generoso, surgia uma produção opulenta. Em cada festival um juri de cidadãos julgava as peças, e os vencedores recebiam a coroa dionisíaca.  

O teatro romano.  

O teatro romano teve diferentes géneros. Misturando influências etruscas (influenciados pelos gregos) e de espécie de representações religiosas de carácter sério ou satírico itálicas (curiosamente de forma semelhante ao aparecimento do teatro grego), os romanos tinham uma forma embrionária de teatro quando entraram em contacto com a Grécia: esse contacto significou a morte do primitivo teatro romano, que imediatamente copiou as formas gregas (tragédia, comédia). Começaram por traduzir peças gregas (séc. III AC), depois estrangeiros radicados em Roma e depois romanos escreveram peças, adaptando temas gregos, ou inventando mesmo temas romanos (normalmente baseado na História); o apogeu do teatro romano dá-se no séc. III-II A.C com Plauto e Terêncio. Quer a comédia, quer a tragédia romana, tinham diferenças com os seus modelos gregos: insistiam mais no horror e na violência no palco que era representada, grande preocupação com a moral, discursos elaborados; mesmo do ponto de vista formal existiam diferenças (na divisão em actos, no coro, etc). Com o tempo (final da república), o público perdeu interesse pelo teatro tradicional, pois a concorrência dos espectáculos com mais acção (gladiadores, corridas de carros), e a criação de géneros teatrais mais simples como as pantominas (representação de um único actor de uma peça simples e de fácil reconhecimento pela audiência, em que não falava, dançava, fazia gestos, e era acompanhado por músicos e um coro) e mimos (historias também simples mas com vários actores, em que normalmente se satirizava tipos sociais de forma mesmo obscena), levaram ao seu quase abandono.  

No período imperial, se na parte oriental do império se continuaram a representar as peças tradicionais (sobretudo de autores da chamada nova comédia como Menandro e não Esquilo e Sophocles), no ocidente mau-grado uma tentativa de autores como Séneca de ressuscitar o género, o público preferia os espectáculos de mimos e pantominas (outro motivo apresentado era a dificuldade dos latinos menos instruídos de compreenderem peças complexas, e preferirem espectáculos simples e que apelassem aos sentidos). Com o advento da Igreja, esta viu com maus olhos géneros artísticos que ou se referiam a deuses pagãos ou troçavam abertamente dela (como os espectáculos de mimos), levando à sua progressiva perseguição, para além dos aspectos que considerava imorais (representação de cenas licenciosas ou mesmo nudez). A última referência que existe de uma representação de uma peça de teatro é do séc. VI (e sabe-se que Teodora a imperatriz esposa de Justiniano fora actriz de teatro). Depois disso, só se ouve falar dos artistas de teatro pelas proibições sucessivas e sermões de membros da igreja que referem mimos que andam de terra em terra espalhando a imoralidade.  

espero que ajude!!


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