Quais as principais características que formavam as sociedades africanas?
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Resposta:
Grande parte da população africana é estruturada em clãs (primeira forma de organização social) e tribos (forma de organização social posterior aos clãs). O isolamento em que vivem explica a conservação de suas particularidades culturais. Verifica-se o predomínio das religiões nativas nos países ao sul do Saara e do islamismo nas nações do norte. Há ainda importantes centros cristãos, como a Etiópia (uma das nações cristãs mais antigas do mundo) e outros decorrentes da colonização europeia.
Maior parte da população africana é constituída por diferentes povos negros, mas há expressiva quantidade de brancos, que vivem principalmente na porção setentrional do continente, ao norte do deserto do Saara - por isso mesmo denominada África Branca. São principalmente árabes, egípcios e bérberes, entre os quais se incluem os etíopes e os tuaregues; aparecem ainda, embora em menor quantidade, judeus e descendentes de europeus. Estes últimos estão presentes também, na África do Sul e são em sua maioria originários das Ilhas Britânicas e dos Países Baixos.
Ao sul do Saara temos a chamada África Negra, povoada por grande variedade de grupos negróides que se diferenciam entre si principalmente pelo aspecto físico, mas também por diferenças culturais, como as religiões que professam e a grande diversidade de línguas que falam. Os grupos mais importantes são: sudaneses, bantos, nilóticos, pigmeus, bosquímanos e hotentotes.
A diversidade linguística é muito grande, as línguas e os dialetos locais convivem com os idiomas introduzidos pelos colonizadores europeus, em especial o inglês, o francês e o africâner. As condições de vida a que a maior parte da população está submetida são as piores. A África subsaariana é a região mais pobre do planeta, com os piores indicadores socioeconômicos conhecidos. Poucos países africanos se enquadram no grupo médio de desenvolvimento humano, como é o caso da Líbia. Quase todos os países do continente estão no grupo de baixo desenvolvimento humano.
Os problemas sociais do continente têm se agravado nos últimos anos com a ocorrência de conflitos e guerras, que causam a morte de milhões de pessoas e desorganizam ainda mais a economia. Além disso, é crescente a epidemia de Aids, que já infectou milhões de pessoas. No ranking do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH), calculado pela Organização das Nações Unidas, todos os países da África Subsaariana possuem IDH considerado baixo.