Filosofia, perguntado por LaryssaCecília, 1 ano atrás

Quais as principais características da lógica aristotélica?

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Respondido por Caroline3465
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Instrumental
Formal
Propenêutica ou preliminar
Normativa
Doutrina da prova
Geral e atemporal
Aristóteles define que o fundamento da lógica é a proposição. Essa usa a linguagem para expressar os juízos que são formulados pelo pensamento. Proposição atribui um predicado ( denominado P) a um sujeito (denominado S).

Silogismo
Os juízos encadeados por esse segmento são expressados de maneira lógica por conexões de preposições, o que é denominado silogismo.

Os princípios que devem ser seguidos para que o silogismo seja verdadeiro, os tipos de proposições de silogismo e os elementos que constituem uma proposição são objetos da lógica.

O silogismo é comparado ao ponto central da lógica aristotélica. Representa a teoria que permite a demonstração das provas a que estão atreladas o pensamento científico e filosófico.

É marcado por três características principais: é mediato, é demonstrativo (dedutivo ou indutivo), é necessário. Três preposições o constituem: premissa maior, a premissa menor e a conclusão.

Exemplo:
O mais aplicado, repetido e difundido exemplo do silogismo é:

Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem,
Logo,
Sócrates é mortal.

Proposição
A proposição é integrada por elementos que são seus termos. Esses termos são definidos também como categorias e, segundo Aristóteles, representam o que é utilizado para designar uma coisa.

Há dez categorias ou termos:

Substância
Quantidade
Qualidade
Relação
Lugar
Tempo
Posição
Posse
Ação
Paixão
O que algo ou coisa é e faz é indicado pelas categorias. Elas refletem o que a percepção capta de maneira imediata e diretamente. As categorias ou termos têm duas propriedades lógicas, que são a extensão e a compreensão.

A extensão é constituída pelo conjunto de coisas designados por um termo ou uma categoria. Já a compreensão representa o conjunto de propriedades que foi designado por esse termo ou essa categoria designa.

Pela lógica aristotélica, a extensão de uma conjunto é inversamente proporcional à sua compreensão. Por isso, quanto maior for a extensão de um conjunto, menor será a compreensão dele.

E, ao contrário, quanto maior for a compreensão de um conjunto, menor será a extensão. Esse comportamento favorece a classificação das categorias em gênero, espécie e indivíduo.

Quando avaliamos a proposição, a categoria da substância é o sujeito (S). As demais categorias são os predicados (P) que foram atribuídos ao sujeito. Podemos compreender a predicação ou atribuição pela designação do verbo ser, que é um verbo de ligação.

Exemplo:
O cão é bravo.


Preposição
Preposição é o enunciado por meio do discurso declarativo de tudo o que foi pensado, organizado, relacionado e reunido pelo juízo. Representa, reúne ou separa pela demonstração verbal o que foi separado pelo juízo mentalmente.

A reunião de termos é feita pela afirmação: S é P (verdade). A separação ocorre pela negação: S não é P (falsidade).

Sob o prisma do sujeito (S), existem dois tipos de preposições: preposição existencial e preposição predicativa.

As preposições são declaradas conforme a qualidade e a quantidade e obedecem à divisão por afirmativas e negativas. Sob o prisma da quantidade, as preposições se dividem em universais, particulares e singulares. Já sob o prisma da modalidade, se dividem em necessárias, não-necessárias ou impossíveis e possíveis.

Leia também:

Método Indutivo
Método Dedutivo

Lógica Matemática
No século XVIII, o filósofo e matemático alemão Leibniz criou o cálculo infinitesimal, que constituía o passo para a encontrar uma lógica que, inspirada na linguagem matemática, chegasse à perfeição.

A matemática é considerada uma ciência de linguagem simbólica perfeita porque manifestando-se por meio de cálculos puros e organizados é retratada por algoritmos de único sentido.

Já a lógica descreve as formas é capaz de descrever as relações das proposições lançando mão de um simbolismo regulado criado especificamente para esse fim. Em suma, é servida por uma linguagem construída para ela, com base do modelo matemático.

A matemática passou a constituir um ramo da lógica a partir da mudança de pensamento no século XVIII. Até então, o pensamento grego prevalecia de que a matemática era uma ciência da verdade absoluta sem qualquer interferência humana.

Todo o modelo matemático conhecido, constituído por operações, o conjunto de regas, princípios, símbolos, figuras geométricas, a álgebra e a aritmética existiam por si, permanecendo independente da presença ou da ação do homem. Os filósofos consideravam a matemática uma ciência divina.

A transformação do pensamento no século XVIII remodelou o conceito da matemática, que passou a ser considerada como resultado do intelecto humano.


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