História, perguntado por brunnacaroline394, 6 meses atrás

Quais as partes que formavam o engenho de açúcar?

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Respondido por eloquenceskies14
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Resposta:

Estrutura dos Engenhos

Por ser uma estrutura complexa, o engenho necessitava de grandes extensões de terra para abrigar todas as suas funções. Cada uma das etapas do processo de fabricação do açúcar, refletia na arquitetura e criava a sua configuração espacial.

Canavial

O canavial era local onde a cana de açúcar era cultivada.

Casa da Moenda

Cômodo retangular que abrigava a estrutura do engenho. Era construído em um nível mais baixo e próximo do rio, para que permitisse a passagem de água na casa. Necessariamente, deveria conter duas portas: uma para a entrada da carroça que trazia a cana-de-açúcar e outra para que ela saísse sem ter que dar a volta no interior do cômodo. A moenda era uma máquina feita de madeira que, com um mecanismo de engrenagem movido por força humana, animal ou hidráulica, prensava a cana e a transformava em caldo. Em algumas casas, o caldo extraído era conduzido pelas calhas até a casa das caldeiras, sendo primordial haver uma ligação direta entre elas.

Engenho de Açúcar, Nordeste Brasileiro, 1816

Casa das Caldeiras

Considerado o local mais perigoso do engenho pelos riscos de queimadura ou incêndio, o cômodo tinha dimensões menores e era o local onde o caldo era cozido. Possuía uma bancada de tijolos onde estavam as chamadas tachas para cozer o açúcar. Em sua proximidade, existiam altas e grandes chaminés de tijolo que caracterizavam um sistema em que o fogo alimentava as tachas longitudinalmente.

Casa de Purgar

Local onde o caldo cozido ficava por vários dias para que as suas impurezas saíssem de modo a transformá-lo em açúcar e, por isso, devia estar próximo à casa de caldeiras e mais afastada do centro do engenho. O destaque desta dependência é o fato da mesma ter um nível mais baixo e, ao longo das paredes ter estruturas de tijolos que criavam apoios para as tábuas de madeira onde as formas de purgar eram encaixadas.

Senzala

O termo deriva do significado de “lugar de habitações dos indivíduos de uma família” ou “morada separada da casa principal”. No Brasil colonial, foi usado para referir-se a moradia coletiva dos escravos. Eram estruturas divididas em cubículos e não tinham banheiro ou cozinha, podendo estar próximas ou não da casa grande. No geral, não havia privacidade e todos viviam juntos. Em alguns casos, as senzalas tinham lugares reservados para os casais ou tinham pequenas casas separadas como forma de incentivo a terem filhos. Em frente às senzalas, ficava o chamado tronco ou pelourinho, um lugar usado para castigar ou, como se falava no século XVI, “educar” os escravos.

Casa Grande, Senzalas e Armazéns

Casa Grande

Residência do senhor de engenho, eram construções com grandes salas, numerosos quartos e acomodações confortáveis, podendo ser térrea ou sobrado e geralmente estava em um lugar central e elevado da propriedade para que se pudesse ter visão total do engenho e representar a função política e administrativa do conjunto. Nos séculos XVI e XVII, as casas não eram tão luxuosas e eram feitas de pau a pique, pedra-lavada, cal, teto de palha ou de sapê.

Capela

Construída a partir da necessidade religiosa e governamental, foi instalada ao lado da casa grande, como uma extensão dela, reunindo os habitantes do engenho para a realização de cerimônias religiosas. A Capela era uma construção modesta e baixa, mas com tamanho suficiente para abrigar a comunidade.

Casas de Trabalhadores Livres

Pequenas e simples habitações onde viviam outros trabalhadores do engenho que não eram escravos, geralmente os fazendeiros que não possuíam recursos.

Curral

Local que abrigava os animais usados nos engenhos, seja para o transporte (produtos e pessoas) ou para alimentação da população.

Explicação:

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