Quais as implicações de identificação da beleza com produto intelecto ou como produto de sensibilidade
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Resposta:
A Estética, também chamada de Filosofia da Arte, é uma das áreas de conhecimento da filosofia. Tem sua origem na palavra grega aisthesis, que significa "apreensão pelos sentidos", "percepção".
É uma forma de conhecer (apreender) o mundo através dos cinco sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato).
Importante saber que o estudo da estética, tal como é concebido hoje, tem sua origem na Grécia antiga. Entretanto, desde sua origem, os seres humanos mostram possuir um cuidado estético em suas produções.
Das pinturas rupestres, e os primeiros registros de atividade humana, ao design ou à arte contemporânea, a capacidade de avaliar as coisas esteticamente parece ser uma constante.
Mas, foi por volta de 1750, que o filósofo Alexander Baumgarten (1714-1762) utilizou e definiu o termo "estética" como sendo uma área do conhecimento obtida através dos sentidos (conhecimento sensível).
A estética passou a ser entendida, ao lado da lógica, como uma forma de conhecer pela sensibilidade.
Desde então, a estética se desenvolveu como área de conhecimento. Hoje, é compreendida como o estudo das formas de arte, dos processos de criação de obras (de arte) e em suas relações sociais, éticas e políticas.
A Beleza entre os Gregos
A filosofia grega, a partir de seu período antropológico, buscou perceber os motivos pelos quais as atividades humanas possuem um comprometimento com um valor estético: a beleza.
Desde o início dos tempos, a ideia de beleza e de bem fazer estão interligadas à produção e transformação da natureza.
Com isso, o filósofo grego Platão (427-347) buscou relacionar a utilidade com a ideia da beleza. Ele afirmou a existência do "belo em si", uma essência, presente no "mundo das ideias", responsável por tudo o que é belo.
Muitos dos diálogos platônicos têm como discussão o belo, sobretudo O Banquete. Nele, Platão se refere ao belo como uma meta a ser alcançada por todo o tipo de produção.
Entretanto, o filósofo une o belo à sua utilidade e ataca a poesia e o teatro grego. No pensamento platônico, esse tipo de atividade não possuía utilidade e gerava confusão acerca dos deuses e dos objetivos das ações humanas.