Quais as fases de desenvolvimento embrionário de uma angiosperma?
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Resposta:
período de desenvolvimento embrionário decorre desde a fecundação – dupla no caso das angiospérmicas – até à formação de um embrião contendo todos os órgãos necessários a uma planta com vida autónoma.
Da dupla fecundação (ver Ciclo de vida das angiospérmicas para maior detalhe) resultam duas células com destinos diferentes: o ovo ou zigoto – célula diplóide resultante da fecundação da oosfera; e a célula mãe do albúmen – célula triplóide resultante da fecundação da célula central do saco embrionário. Ambas sofrem divisões mitóticas sucessivas. A célula mãe do albúmen produz o endosperma secundário ou albúmen que é um tecido com grande quantidade de substâncias de reserva. O zigoto na sua primeira divisão ao nível do eixo transversal, gera duas células, a célula basal junto ao micrópilo e a célula apical mais afastada do micrópilo, estabelecendo uma polaridade. A célula basal continua a sofrer divisões transversais formando uma fiada de células que constituem o suspensor, que suporta o embrião propriamente dito, transferindo para ele parte dos nutrientes e hormonas que necessita. A célula apical divide-se originando um aglomerado de células – o proembrião – que evoluirá para embrião. Durante o desenvolvimento o suspensor empurra o proembrião para o interior do saco embrionário rico em nutrientes, e eventualmente desintegra-se. A semente forma-se a partir destes dois órgãos e dos tegumentos do óvulo, que se transformam no invólucro, ou testa.
Embora exista uma grande diversidade de sementes, todas partilham estruturas base comuns: tegumento e embrião.
O embrião é constituído por:
radícula: origina a raiz principal da nova planta
hipocótilo: zona entre a radícula e o ponto de inserção do(s) cotilédone(s)
epicótilo: zona entre o(s) cotilédone(s) e a plúmula
caulículo: ao conjunto das duas estruturas hipocótilo e epicótilo que contribuem parra a formação do caule
plúmula: zona entre a parte terminal do embrião, é constituída por um botão ou gema de células com capacidade de divisão e por uma ou duas folhas embrionárias (cotilédones), que originarão as primeiras folhas da nova planta
cotilédones: um ou dois consoante a semente seja de uma planta mono ou dicotiledónea; pode armazenar substâncias de reserva em plantas sem albúmen, como por exemplo o feijão, o tremoço ou a castanha; ou situações intermédias onde há reservas nos cotilédones e no albúmen.
Em simultâneo com o desenvolvimento da semente, a flor também sofre alterações. Algumas peças como as pétalas e os estames murcham e caem. As paredes do ovário, por acção hormonal, originam uma estrutura de protecção da semente, o pericarpo. O conjunto do pericarpo e da semente constitui o fruto. Os frutos podem ser de vários tipos. Nalguns o pericarpo pode ser carnudo e suculento noutros é delgado e seco. Nos cereais o pericarpo é membranoso e aderente à semente. Em frutos como o pêssego e a ameixa, por exemplo, a parte mais interna do pericarpo – o endocarpo – é lenhificado e constitui o caroço. Geralmente as sementes desidratam durante a maturação e entram num período de dormência, durante o qual o embrião interrompe o desenvolvimento e permanece em latência.
A germinação da semente depende das condições do meio; nomeadamente, a humidade, oxigénio e temperatura adequadas. O processo inicia-se com a absorção de água pelas células embrionárias e a mobilização das substâncias de reserva no albúmen e/ou cotilédones. Algumas hormonas são segregadas pelos cotilédones, que vão actuar nas células da aleurona (camada fina de células do endopesma que envolve a outra camada do endosperma que armazena amido; as células da aleurona são ricas em proteínas), induzindo a expressão de enzimas como a amilase, proteases e lipase. Estas enzimas digerem as reservas da semente fornecendo os nutrientes para a plântula em crescimento. Os primeiros sinais da germinação observam-se ao nível da radícula. A raiz rompe os invólucros protectores da semente e origina a raiz principal a partir do qual se formam os pêlos radiculares e raízes secundárias. A raiz desenvolve-se com gravitropismo positivo e cresce em direcção ao solo.
Ao nível do caule distinguem-se dois tipos de germinação:
germinação epigeia – Depois da emergência da radícula, o hipocótilo engrossa e arqueia, levantando a zona apical do caule e os cotilédones para fora do solo. O crescimento do epicótilo empurra o ápice caulinar para fora dos cotilédones. Nas plantas, como por exemplo, o feijão, plúmula desenvolve-se e as primeiras folhas surgem acima dos cotilédones.
germinação hipogeia – como a ervilheira ou no milho, é o epicótilo que se alonga e quando endireita os cotilédones permanecem no solo e só a zona apical e as primeiras folhas surgem no exterior (coleóptilo).
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Explicação:
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