História, perguntado por alefcosta076, 1 ano atrás

Quais as fases da história da Arábia e o que caracterizou cada período?

Soluções para a tarefa

Respondido por mahjujuba
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Resposta:

1-Migrações semíticas arcaicas

Os primeiros eventos conhecidos na história árabe são as migrações feitas a partir da península para as áreas vizinhas.[1] No terceiro milênio a.C. povos que falavam idiomas semitas migraram para a Península Arábica para a Mesopotâmia e se fixaram na Suméria, onde, por fim, fundaram o Império Acádio, sob o comando de Sargão da Acádia (c. 2300 a.C.).[2]

Os semitas orientais se estabeleceram em Ebla, enquanto os amoritas, semitas ocidentais que haviam abandonado a Arábia no fim do terceiro milênio a.C., se fixaram ao longo do Levante. Alguns destes migrantes acabaram constituindo-se como os arameus e cananeus de períodos posteriores.[3]

2-Magan e A'ad

Magan foi identificada como o nome de um entreposto comercial dos sumérios na região; presume-se que estivesse localizada no atual Omã. Os aditas se estabeleceram na Arábia Meridional (atual Iêmen), fixando-se a leste da tribo dos catanitas, onde fundaram o reino de A'ad, que perdurou do século X a.C. ao século III a.C..

A nação A'ad era conhecida pelos antigos gregos e egípcios; a obra Geographia, de Ptolomeu, do século II d.C., se refere ao local ao falar de uma versão helenizada dos habitantes de sua capital, Ubar.

3-Tamudeus

Os tamudeus (em árabe: ثمود) foram um povo da antiga Arábia - uma tribo ou um grupo de tribos - que criou um grande reino, que floresceu de 3000 a.C. a 200 d.C.. Recentes investigações arqueológicas indicaram diversas inscrições e figuras deste povo feitas em rocha, não apenas no Iêmen mas por toda a Arábia central.

Foram mencionadas por diversas fontes, como o Corão, a antiga poesia árabe, os anais assírios (Tamudi), numa inscrição feita num templo grego no noroeste do Hejaz de 169 d.C., numa fonte bizantina do século V e em diversos grafitos no árabe setentrional em torno de Tayma.

Foram mencionados nos anais de vitória do rei neoassírio Sargão II (século VIII a.C.), que os derrotou numa campanha na Arábia setentrional. Os gregos também se referiram a este povo como "Tamudaei", designação encontrada nos escritos de Aristóteles, Ptolomeu e Plínio, o Velho. Antes da ascensão do islamismo, aproximadamente entre 400 e 600 d.C., o povo havia desaparecido totalmente das fontes históricas.

4-Reino de Ma'in (século VII a.C. – século I a.C.)

Ver artigo principal: Mineus

Durante o domínio mineu a capital foi sediada em Karna (atualmente conhecida como Sa'dah), e outra cidade importante eram Yathill (atual Baraqish). O Reino Mineu tinha seu centro no noroeste do Iêmen, e a maior parte de suas cidades se localizada ao longo do Wadi Madhab. Inscrições mineias foram encontradas até mesmo no Reino de Ma'in, em locais tão distantes quanto al-`Ula, no noroeste da Arábia Saudita, e mesmo na ilha de Delos e no Egito. Foi o primeiro dos reinos iemenitas a sucumbir, e o idioma mineu se extinguiu por volta de 100 d.C..[4]

5-Reino de Sabá (século IX a.C. – 275 d.C.)

Ver artigos principais: Sabeus e Sabá

Durante o domínio sabeu, o comércio e a agricultura floresceram, gerando muita riqueza e prosperidade. O reino sabeu localizava-se no que atualmente é a região de Asir, no sudoeste do Iêmen, e sua capital, Ma'rib, localiza-se próximo à atual capital do país, Sana'a.[5] De acordo com a tradição do Sul da Arába, o filho mais velho de Noé, Sem, teria fundado a cidade.

Durante o período o Iêmen foi chamado de "Arabia Felix" ("Arábia Feliz"), pelos romanos, que ficaram impressionados por sua riqueza e prosperidade. O imperador romano Augusto enviou uma expedição militar para conquistar o território, sob o comando do general Élio Galo. Após um sítio malsucedido a Ma'rib, o general romano recuou para o Egito, enquanto sua frota destruiu o porto de Áden para assegurar o controle romano da rota de mercadorias para a Índia.

O sucesso do reino teve como base o cultivo e comércio de especiarias, incluindo o incenso e a mirra; exportadas para todo o Mediterrâneo, Índia e Abissínia, tanto por meio de caravanas de camelos pela Arábia ou pelo mar.

Durante os séculos VII e VIII havia um contato próximo entre as culturas do Reino de Dʿmt, no norte da Etiópia e Eritreia, e Sabá. Embora as civilizações fossem indígenas e suas inscrições reais tenham sido escritas numa espécie de proto-etiosemita, existiam alguns imigrantes sabeus no reino, como evidenciam algumas inscrições dos Dʿmt.[6][7]

A agricultura floresceu no Iêmen neste período, devido a um avançado sistema de irrigação que consistia de grandes túneis que conduziam água, escavados em montanhas, e represas. A mais impressionante destas obras de engenharia, conhecida como Represa de Marib, foi erguida por volta de 700 a.C., e irrigava cerca de 101 quilômetros quadrados de terra,[8] tendo permanecido em uso por mais de um milênio até ruir em 570 d.C., após séculos de abandono.

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