quais as diferenças entre a poesia tradicional e a moderna?
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Primeiramente, vejamos os conceitos de poesia tradicional e poesia moderna, para que assim possamos dissertar sobre o tema.
Via-se que na poesia tradicional era: o campo, o canto dos pássaros, possui uma linguagem mais turva, em que as palavras comuns eram tidas como vulgar, uma linguagem muito subjetiva em que o eu-lírico traz os seus sentimentos, e apresentava ao mundo.
Exemplo:
Canção do exílio
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
(Gonçalves Dias)
Diferente da poesia moderna, em que o campo dá lugar a cidade grande, o canto do passáro aos barulhos na rua, uma linguagem mais objetiva em que os poetas trazia questões socias, em que a sociedade passava, o eu-lírico dá espaço ao eu-reflexivo.
Exemplo:
Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão.
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
– porque o poema, senhores,
está fechado: “não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira.
(Ferreira Gullar)
A sociedade é uma das principais responsáveis, pois, mundam se os interesses. A sociedade passa por uma configuração, em que abriu-se mais fábricas os céus ficaram com um aspecto sombrio. Os poetas já não seguiam mais os padrões da poesia tradicional. A poesia Tradicional já não era mais "moda", mas mesmo assim, existiram aqueles que persistiram em escrever com toda aquela subjetividade e sentimentalismo. Contudo, estes poetas não foram muito longe, pois os tempos já eram outros.
Via-se que na poesia tradicional era: o campo, o canto dos pássaros, possui uma linguagem mais turva, em que as palavras comuns eram tidas como vulgar, uma linguagem muito subjetiva em que o eu-lírico traz os seus sentimentos, e apresentava ao mundo.
Exemplo:
Canção do exílio
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
(Gonçalves Dias)
Diferente da poesia moderna, em que o campo dá lugar a cidade grande, o canto do passáro aos barulhos na rua, uma linguagem mais objetiva em que os poetas trazia questões socias, em que a sociedade passava, o eu-lírico dá espaço ao eu-reflexivo.
Exemplo:
Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão.
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
– porque o poema, senhores,
está fechado: “não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira.
(Ferreira Gullar)
A sociedade é uma das principais responsáveis, pois, mundam se os interesses. A sociedade passa por uma configuração, em que abriu-se mais fábricas os céus ficaram com um aspecto sombrio. Os poetas já não seguiam mais os padrões da poesia tradicional. A poesia Tradicional já não era mais "moda", mas mesmo assim, existiram aqueles que persistiram em escrever com toda aquela subjetividade e sentimentalismo. Contudo, estes poetas não foram muito longe, pois os tempos já eram outros.
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