Quais as diferenças e semelhanças entre o Budismo e o Cristianismo?
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:: Cristianismo e budismo: semelhanças, diferenças e originalidades (I)
Para além destas semelhanças em suas condutas, temos também semelhanças em sua pregação, eis algumas:
Ambos:
- Apresentam-se como mestres. A autoridade não vem de sua formação escolar, acadêmica, mas sim da experiência extraordinária de uma realidade completamente diferente.
- Apresentam uma mensagem de alegria (o darma – o evangelho), que exige das pessoas uma mudança de atitude (metanóia – “andar contra a corrente”) e uma confiança (shraddha – fé). Não se trata de uma ortodoxia, mas sim de uma ortopraxia!
- Partem da condição provisória e efêmera do mundo, do caráter transitório de todas as coisas e da não redenção do homem. Tudo isso se evidencia na cegueira e na loucura, na situação caótica, no envolvimento com o mundo e na falta de amor para com os semelhantes.
- Não pretendem dar uma explicação do mundo ou pôr em prática especulações filosóficas profundas ou uma casuística legal erudita.
- Apontam um caminho de libertação do egoísmo, da dependência do mundo, da cegueira. Isto se consegue não por uma especulação teórica, nem pelo raciocínio filosófico, mas sim por uma experiência religiosa e por uma transformação interior.
- Para se chegar a salvação, ambos não exigem condições especiais de caráter intelectual, moral ou ideológico. Basta que o ser humanos ouça, entenda e daí tire suas conclusões. Ninguém é interrogado sobre sua fé, nem se exige nenhuma declaração de ortodoxia.
- O caminho é o do meio-termo entre o hedonismo e o ascetismo. Um caminho que permite que o ser humano se volte para o próximo com uma nova atitude de acolhimento! Para além dos mandamentos que se correspondem amplamente em ambos, temos as exigências básicas de bondade e de alegria compartilhada, de compaixão amorosa (Buda) e de amor compassivo e samaritano (Jesus).
Desde seus inícios, o Budismo que rejeita um deus criador todo –poderoso, se uniu em parte à religião popular e aos seus deuses, como à religião mago-xamanista bom, oriunda do Tibete, e ao tantrismo indiano. Os poderosos deuses da natureza, das montanhas, da tempestade e do granizo sempre precisam ser aplacados com invocações e dádivas. Os Templos budistas muitas vezes são defendidos por dragões e serpentes, que no Oriente são venerados como seres sobrenaturais e benfazejos! Muitos estudiosos que o budismo na sua essência trata-se fundamentalmente de uma disciplina moral de vida, antes que uma religião.
Segundo Hans Kung, a contribuição original do budismo para uma ética mundial seria a de que a pessoa sempre é desafiada a crescer e se auto superar. Cada um tem que percorrer por si próprio o seu caminho. O que importa e que também é decisivo é esquecer o eu, exercitar-se na abnegação, renúncia e suscitar benevolência, em vez de rejeição e exclusão; compaixão, em vez de indiferença e insensibilidade; abertura e acolhida, em vez de inveja e ciúme; equilíbrio e segurança, em lugar de sede de poder, sucesso e prestígio.
Para além destas semelhanças em suas condutas, temos também semelhanças em sua pregação, eis algumas:
Ambos:
- Apresentam-se como mestres. A autoridade não vem de sua formação escolar, acadêmica, mas sim da experiência extraordinária de uma realidade completamente diferente.
- Apresentam uma mensagem de alegria (o darma – o evangelho), que exige das pessoas uma mudança de atitude (metanóia – “andar contra a corrente”) e uma confiança (shraddha – fé). Não se trata de uma ortodoxia, mas sim de uma ortopraxia!
- Partem da condição provisória e efêmera do mundo, do caráter transitório de todas as coisas e da não redenção do homem. Tudo isso se evidencia na cegueira e na loucura, na situação caótica, no envolvimento com o mundo e na falta de amor para com os semelhantes.
- Não pretendem dar uma explicação do mundo ou pôr em prática especulações filosóficas profundas ou uma casuística legal erudita.
- Apontam um caminho de libertação do egoísmo, da dependência do mundo, da cegueira. Isto se consegue não por uma especulação teórica, nem pelo raciocínio filosófico, mas sim por uma experiência religiosa e por uma transformação interior.
- Para se chegar a salvação, ambos não exigem condições especiais de caráter intelectual, moral ou ideológico. Basta que o ser humanos ouça, entenda e daí tire suas conclusões. Ninguém é interrogado sobre sua fé, nem se exige nenhuma declaração de ortodoxia.
- O caminho é o do meio-termo entre o hedonismo e o ascetismo. Um caminho que permite que o ser humano se volte para o próximo com uma nova atitude de acolhimento! Para além dos mandamentos que se correspondem amplamente em ambos, temos as exigências básicas de bondade e de alegria compartilhada, de compaixão amorosa (Buda) e de amor compassivo e samaritano (Jesus).
Desde seus inícios, o Budismo que rejeita um deus criador todo –poderoso, se uniu em parte à religião popular e aos seus deuses, como à religião mago-xamanista bom, oriunda do Tibete, e ao tantrismo indiano. Os poderosos deuses da natureza, das montanhas, da tempestade e do granizo sempre precisam ser aplacados com invocações e dádivas. Os Templos budistas muitas vezes são defendidos por dragões e serpentes, que no Oriente são venerados como seres sobrenaturais e benfazejos! Muitos estudiosos que o budismo na sua essência trata-se fundamentalmente de uma disciplina moral de vida, antes que uma religião.
Segundo Hans Kung, a contribuição original do budismo para uma ética mundial seria a de que a pessoa sempre é desafiada a crescer e se auto superar. Cada um tem que percorrer por si próprio o seu caminho. O que importa e que também é decisivo é esquecer o eu, exercitar-se na abnegação, renúncia e suscitar benevolência, em vez de rejeição e exclusão; compaixão, em vez de indiferença e insensibilidade; abertura e acolhida, em vez de inveja e ciúme; equilíbrio e segurança, em lugar de sede de poder, sucesso e prestígio.
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