História, perguntado por Alloneee, 3 meses atrás

Quais as diferenças do Comunismo da China e da Coreia do Norte?

Soluções para a tarefa

Respondido por HeyLobinha
2

A Revolução Russa influenciou uma série de outras revoluções ao redor do mundo no século XX. Passados cem anos e com a União Soviética desfeita, ainda restam no mundo países identificados como comunistas - a exemplo da China, Cuba e Coreia do Norte. Cada um com seu modelo, todos têm em comum o domínio do Partido Comunista sobre a vida política e econômica.

No caso da China, o mercado local se abriu para o capitalismo, mas o controle político e econômico permanece nas mãos do Partido Comunista desde 1949. "A China entendeu que não poderia ficar isolada do ponto de vista internacional, principalmente em relação ao avanço do mercado e do capitalismo. Ela se abre economicamente para algumas atividades privadas de mercado mas, ao mesmo tempo, mantém a estrutura política orientada pelo partido", explica Onofre dos Santos, professor de relações internacionais da PUC Minas.

Em Cuba, o Partido Comunista está no poder desde 1959, quando houve uma revolução liderada por Fidel Castro e Che Guevara. Atualmente, os cubanos são governados pelo irmão de Fidel, Raúl Castro, que defende a abertura da ilha, porém, sem abandonar o socialismo. "Cuba tenta manter a estrutura política nas mãos do partido ao mesmo tempo em que abre o mercado. Mas eu duvido que ela fará esse processo no mesmo ritmo e na mesma capacidade que a China. O jogo dependerá da margem de manobra que ela conseguir na relação com os Estados Unidos. Houve um avanço durante o governo Obama, mas agora está vindo um retrocesso com Trump", analisa o professor.

Já na Coreia do Norte, o partido está no poder desde os anos 1950 e atualmente o governo Kim Jong-un vem criando episódios de tensão com os Estados Unidos. "De comunista, esse regime não tem nada. É uma oligarquia familiar. Qualquer guerra naquela região terá efeitos em toda a península coreana, no Japão e na China", diz Santos.

Respondido por ttaniely
3

Respota:

A revoluçao russa influenciou uma serie de outras revoluçoes ao  

redor do mundo no seculo XX .

primeiro-secretário do Partido dos Trabalhadores da República Popular Democrática da Coreia, Kim Jong-un, visitou Beijing nos dias 8 e 9 de janeiro de 2019 a convite do líder do Partido Comunista da China e presidente da República, Xi Jinping. Kim foi recebido com honras de chefe de estado, encontrou-se duas vezes com Xi, seguido de banquetes, assistiram juntos a um espetáculo cultural e visitou uma fábrica de medicamentos em um subúrbio da capital chinesa. Retornando em seguida, em seu trem secreto e protegido, à capital coreana do norte, Pyongyang, a visita foi considerada um grande sucesso no aprofundamento das relações bilaterais entre duas nações ideologicamente afinadas. Xi teria aceito o convite de retribuir a visita ainda este ano. 

Desde março de 2018, esta foi a quarta vez que o líder coreano é recebido pelo líder chinês em Beijing. No entanto, foi a primeira vez que a visita foi oficialmente anunciada e amplamente reportada pela mídia chinesa. Esta recente e intensa agenda diplomática bilateral reflete uma transformação radical no padrão de relacionamento que vigorou durante os seis primeiros anos de liderança do jovem líder coreano, que teria completado 35 anos no dia 8 de janeiro. Entre dezembro de 2011, quando herdou de seu pai o trono da dinastia Kim e março de 2018, não houve nenhum encontro entre os dirigentes máximos de Beijing e Pyongyang. 

Leia também: O aniversário do norte-coreano Kim Jong-un na China

Herdeiro da dinastia comunista no poder desde 1948 – primeiro Kim Il-sung, seu avô e depois Kim Jong-il, seu pai – Kim Jong-un é o mais novo dentre três irmãos e foi uma escolha surpreendente para a liderança. O jovem líder, então com menos de trinta anos, sucedeu seu pai quando este faleceu subitamente e custou a se afirmar no poder, em um regime altamente centralizador e personalista, que cultua como uma figura quase sobre-humana os membros da dinastia Kim. 

Entre o início de seu mandato e março de 2018, Kim Jong- un não se encontrou com Xi Jinping – que assumiu a liderança do PCC em março de 2013 – como também não teria se encontrado com nenhum chefe de estado ou de governo de um só país do mundo e nem teria feito nenhuma viagem fora de suas fronteiras. Isto refletiria o total isolamento do regime que controla, com mão de ferro, o destino de mais de vinte e cinco milhões de coreanos. 

Com efeito, a Península Coreana, dividida entre as Coreias do Norte e do Sul, é o último resquício da Guerra Fria, o conflito político-militar-ideológico que pautou a ordem internacional entre 1945 e 1990. A Guerra da Coreia (1950-1953) foi determinante para o desenrolar da Guerra Fria e, até hoje, não foi concluída. Ainda vigora uma suspensão temporária do conflito – armistício é o termo técnico correto – e não um acordo definitivo de paz entre os contendores, as duas Coreias e seus principais aliados, os Estados Unidos, aliado da Coreia do Sul e a China, aliada da Coreia do Norte. 

O que teria motivado o relançamento das relações bilaterais entre Beijing e Pyongyang em 2018 teria sido, em última análise, o desenrolar das relações conflituosas entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos a partir da chegada ao poder do presidente Donald Trump. Dando fim a política de seu antecessor Barack Obama – denominada de paciência estratégica – Donald Trump iniciou uma agressiva guerra verbal com o líder coreano do Norte em 2017, subindo em muito o tom de ameaça,  inconformado com a nuclearização do regime coreano e os sucessivos testes nucleares e missilísticos incorridos a partir de 2015, que ameaçariam diretamente o território americano. 

Após uma série de manobras diplomáticas, em que o novo líder da Coreia do Sul, Moon Jae-in, teve um papel central, Kim e Trump se reuniram em junho de 2018 em Cingapura. Sob o olhar atento da mídia internacional, foi a primeira vez que líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte se encontraram tête-a-tête, visando negociar a desnuclearização militar da Península coreana e o fim definitivo do conflito coreano. 

Desde os anos 1990, quando Pyongyang renunciou ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e embarcou em um programa de nuclearização, a Coreia do Norte desenvolveu, progressivamente, a capacidade nuclear bélica e seus vetores de lançamento, o que teria sido concluído a contento em 2016-17. Testes nucleares, mísseis de curto, médio e longo alcance, submarinos e jatos capazes de lançar ogivas nucleares fizeram com que a Coreia do Norte se tornasse o nono país do mundo reconhecido, formal ou informalmente, pela comunidade internacional como possuidor de armas nucleares. 

Perguntas interessantes