Quais as consequências da privatização da CEDAE para a sociedade ?
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Estrangulado pela crise fiscal do país, agravada pela enorme dependência dos royalties do petróleo, em queda, o Rio de Janeiro chega a considerar a privatização da Cedae, gigantesca e ineficiente estatal do saneamento e de fornecimento de água. A notícia foi logo desmentida por um Palácio Guanabara em que o principal inquilino, o governador Luís Fernando Pezão, está licenciado para tratamento de saúde, substituído pelo vice Francisco Dornelles.
Compreende-se, porque, além das diversas frentes em que o governo precisa guerrear, pois os cortes de gastos já são feitos de forma selvagem pela própria crise, não deve ser do interesse do Palácio Guanabara enfrentar, a esta altura, mais uma corporação rebelada, a dos funcionários da estatal. É mesmo sensato tratar com calma de um tema estratégico como este, não de maneira açodada, apenas com a preocupação de oxigenar o caixa com alguns milhões.
O caixa é importante, porém mais do que a questão da falta de dinheiro é essencial dar uma solução estrutural à seriíssima baixa cobertura da rede de saneamento no Grande Rio. Disso dependem, por exemplo, avanços na qualidade do padrão de saúde de ampla faixa da população e mesmo a despoluição da Baía de Guanabara, provável causa de situações vexatórias que o país pode passar nas regatas olímpicas e em outras competições no mar e na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Críticas a privatizações nesse setor são de fundo ideológico. O resultado positivo de experiências em andamento é irrefutável. Inclusive no Rio de Janeiro. Niterói, antes de ter coleta, tratamento de esgoto e o fornecimento de água concedidos ao setor privado, tinha 72% da sua população abastecidos com água tratada, 35%, com o esgoto coletado e, deste, apenas 35% eram tratados. Hoje, 100% recebem água potável e 93% são atendidos pela rede de esgoto.
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Já o Rio, quase todo atendido pela Cedae — com exceção da Zona Oeste, onde os índices de saneamento têm melhorado —, aparece em vergonhoso 50º lugar no ranking da Ong Trata Brasil, de avaliação da qualidade dos serviços prestados pelas empresas do ramo. No estado, está em quinto lugar, atrás de Niterói, Petrópolis, Campos e Volta Redonda, não por acaso onde grupos privados cuidam da água e do esgoto.
Certo é que tentar privatizar toda a Cedae será um fracasso. Ninguém se interessará por um monstrengo empresarial como esse. Para o caso, o melhor modelo parece ser o de concessões, em que a Cedae se manteria estatal, pelo menos num primeiro momento, e cederia áreas por meio de Participações Público-Privadas, responsabilizando-se pelos mananciais e pelo fornecimento de água às PPPs, mediante remuneração. Tudo isso com metas de eficiência a serem atingidas.
E ISSO, DEU UM TRABALHAO!! KK MAIS TA AI SEM RESUMIR BOA SORTE !!!