Quais as características do Renascimento? Explique cada uma
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Resposta:
Características do Renascimento
Humanismo
O humanismo foi uma das características do Renascimento de maior destaque. De maneira geral, ele representa a valorização do ser humano e a sua condição acima de tudo, logo, a teoria está relacionada com a compaixão, a generosidade, e a preocupação em valorizar os atributos humanos.
Os humanistas se baseavam nas escrituras de autores da Antiguidade, a exemplo de Platão, para interpretar o Cristianismo. Dedicaram conhecimento as línguas clássicas (latim e grego) e construíram dialetos que formaram as línguas nacionais.
O humanismo busca o melhor dos seres humanos, sem a necessidade de ter que servir da religião, como acontecia no teocentrismo da Idade Média. Com isso, a teoria oferece novas formas de reflexão sobre as artes, as ciências e a política.
No entanto, o humanismo não significa opor o homem a Deus e nem medir forças entre eles, apenas valorizar as pessoas entre si, encontrando nelas virtudes e qualidades negadas pelo pensamento católico medieval.
Individualismo
Das características do Renascimento, o individualismo é a que coloca o homem em “posição central”, pois a teoria está relacionada com o conhecimento íntimo do ser humano, que sabe reconhecer a sua própria personalidade, talentos e busca satisfazer as próprias ambições, com base no princípio de que o direito individual está acima do direito coletivo.
Racionalismo
Dentre as características do Renascimento, o racionalismo foi a que mais valorizou a razão humana, colocando a razão com a base do conhecimento. A teoria revela o saber como fruto da observação e da experiência das leis que governam o mundo.
O racionalismo ficou conhecido por desenvolver pensamentos divergentes com relação à cultura medieval, que tinha como base apenas a autoridade divina. Nele, a explicação dos fatos se dava com base na ciência.
Antropocentrismo
O antropocentrismo foi uma das características mais marcantes do Renascimento, pois ela colocava o homem como centro do universo e a mais perfeita obra de criação da natureza, em detrimento do pensamento medieval, no qual a religião era o centro de tudo.
Dessa forma, surge um homem racional, crítico e questionador da sua própria realidade, logo, responsável pelas seus pensamentos e atitudes no mundo, rompendo os paradigmas da era medieval. Além disso, muitas das obras renascentistas foram construídas e inspiradas no antropocentrismo, isto é, na super valorização da capacidade humana.
Cientificismo
Entre as características do Renascimento essa é reconhecida por colocar a ciência em posição de superioridade com as demais formas de compreensão humana (religião, metafísica, filosofia, etc.).
No entanto, a pretensão dos defensores do cientificismo não é colocar a teoria como doutrina, que defende a aplicação da ciência em todos os níveis, mas desenvolver uma percepção de que ela é a melhor opção para desvendar o mundo e descobrir inovações tecnológicas.
Nesse período, muitas descobertas científicas se destacaram, sobretudo as dos autores: Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Johannes Kepler, Francis Bacon, Andreas Vesalius, René Descartes, Leonardo da Vinci e Isaac Newton.
Universalismo
O universalismo foi desenvolvido durante o início da educação renascentista, cujo período foi marcado pela expansão de escolas, faculdades e universidades, bem como do surgimento de novas disciplinas como língua portuguesa, filosofia, literatura, entre outras.
Assim, o conhecimento humano foi valorizado em diversas áreas do saber. Uma curiosidade desse período era a dedicação dos homens em ser “polímatas”, ou seja, ter diversas qualificações. O artista Leonardo da Vinci, por exemplo, foi poeta, escritor, mecânico, escultor, pintor, físico, geólogo, botânico, além de desenvolver outras atividades profissionais.
Antiguidade Clássica
No período renascentista, o estudo da Antiguidade Clássica foi retomado para tentar romper com as regras e os pensamentos da era medieval. Os estudos realizados pelos humanistas valorizou a figura humana e os seus pensamentos, além de acrescentar conhecimento par a artes e a filosofia.
A invenção da imprensa foi um dos motivos que valorizou a Antiguidade clássica, pois com ela era possível fazer a divulgação das obras de forma rápida e contínua. Nessa época, a valorização da cultura greco-romana funcionou com um paradigma no plano intelectual e artístico. Para os estudiosos, as obras desenvolvidas durante a Grécia e a Roma Antiga demostram grande valor estético e cultural, em comparação às que pertenceram a Idade Média.