Quais as características do conto "felicidade clamdestina"??
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O conto “Felicidade Clandestina”, de Clarice Lispector, é contado por uma mulher, porém que está se referindo a sua infância e conta sobre uma colega da escola que, por ter características contrárias as delas, era diferente, “Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas.”.
A narradora, após descrever a menina, diz que ela tinha uma coisa que impressionava a todos, seu pai era dono de uma livraria. A sala toda esperava para quando chegasse seu aniversário, ganhasse um livro da menina de presente, mas isso nunca aconteceu. A narradora mesmo conta que implorava para que ela emprestasse livros, mas isso também nunca aconteceu. A situação inicial é que em certo dia ela descobre que na livraria do pai daquela menina havia o livro que ela mais gostava, “As Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato, e pela primeira vez que pediu o livro emprestado, a menina disse para que ela passasse em sua casa no dia seguinte para buscá-lo.
A felicidade da narradora não tinha tamanho e foi buscar o livro na casa da menina logo na manhã seguinte e é nesse momento que o conflito começa, pois a garota disse que havia emprestado para outro alguém e pediu para que ela voltasse no dia seguinte. Porém a mesma coisa aconteceu, mas a menina continuava com a esperança. E isso se repetiu por alguns dias, a menina usava desculpas diferentes, mas continuava dizendo para ela voltar depois.
O clímax acontece quando chega um dia em que a esposa do dono da livraria percebeu que havia alguma coisa de errado com aquela menina que aparecia todos os dias na porta da sua casa, e quando a menina bateu na porta e sua filha foi abri-la como já estava ficando de costume, a mãe foi falar com garota na porta perguntando por que ela vinha todos os dias. Após saber que sua filha tinha prometido emprestar o livro do Monteiro Lobato e sempre inventava uma desculpa só para a menina voltar no dia seguinte e sua filha se vingar da menina que tanto criticava ela, sentiu-se envergonhada e entregou o livro a ela, dizendo que poderia ficar com ele o tempo que quisesse, e esse é o deslace do conto.
Essa sim foi uma felicidade sem tamanho para a narradora, de sentir que tinha o livro, que poderia ler esse no tempo mais devagar, guardando um pouco da felicidade, de saber que tinha o livro em casa, para cada dia, “Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só pra depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes”.
Os personagens do conto não possuem nomes, apenas uma descrição, em que alguns personagens é mais detalhada e em outros mal é falada. Os únicos que fazem parte do conto são: o dono da livraria, a filha e a esposa deste e a menina que quer o livro emprestado. Essa questão dos personagens não serem identificados com nomes próprios faz com que o leitor consiga se identificar mais fácil e deixa a entender que eles não são o tema principal do conto, e assim o escritor consegue dar mais importância para outras partes do conto.
O espaço é muito pouco descrito, os lugares que conhecemos são apenas a escola, que explica onde as meninas se conhecem, e a casa do dono da livraria. Isso mais uma vez, faz com que o leitor não dê tanta importância para o espaço, e se concentre mais no contexto, na história, no que está acontecendo e no que vai acontecer, tanto que a história se passa em maios ou menos 2 semanas, e o cenário é um único e repetitivo.
A menina se sente tão feliz como se o livro fosse dela e que poderia aproveitar e demorar o quanto quisesse, mas ela sabe que em um momento iria ter que devolver o livro, por isso o nome do conto se refere a uma felicidade clandestina, pois é como se fosse uma felicidade “falsa”, porque ela age como se o livro agora fosse dela, mas não era. O conto é retratado em 1ª pessoa protagonista, mas na verdade é a narradora mais velha que está contando sobre essa história, que se passou na sua infância. Essa parte do conto é possível observar tanto o narrador, quanto a parte em que ela mostra que percebe que sua felicidade era clandestina, “Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! As vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante.”.
A narradora, após descrever a menina, diz que ela tinha uma coisa que impressionava a todos, seu pai era dono de uma livraria. A sala toda esperava para quando chegasse seu aniversário, ganhasse um livro da menina de presente, mas isso nunca aconteceu. A narradora mesmo conta que implorava para que ela emprestasse livros, mas isso também nunca aconteceu. A situação inicial é que em certo dia ela descobre que na livraria do pai daquela menina havia o livro que ela mais gostava, “As Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato, e pela primeira vez que pediu o livro emprestado, a menina disse para que ela passasse em sua casa no dia seguinte para buscá-lo.
A felicidade da narradora não tinha tamanho e foi buscar o livro na casa da menina logo na manhã seguinte e é nesse momento que o conflito começa, pois a garota disse que havia emprestado para outro alguém e pediu para que ela voltasse no dia seguinte. Porém a mesma coisa aconteceu, mas a menina continuava com a esperança. E isso se repetiu por alguns dias, a menina usava desculpas diferentes, mas continuava dizendo para ela voltar depois.
O clímax acontece quando chega um dia em que a esposa do dono da livraria percebeu que havia alguma coisa de errado com aquela menina que aparecia todos os dias na porta da sua casa, e quando a menina bateu na porta e sua filha foi abri-la como já estava ficando de costume, a mãe foi falar com garota na porta perguntando por que ela vinha todos os dias. Após saber que sua filha tinha prometido emprestar o livro do Monteiro Lobato e sempre inventava uma desculpa só para a menina voltar no dia seguinte e sua filha se vingar da menina que tanto criticava ela, sentiu-se envergonhada e entregou o livro a ela, dizendo que poderia ficar com ele o tempo que quisesse, e esse é o deslace do conto.
Essa sim foi uma felicidade sem tamanho para a narradora, de sentir que tinha o livro, que poderia ler esse no tempo mais devagar, guardando um pouco da felicidade, de saber que tinha o livro em casa, para cada dia, “Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só pra depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes”.
Os personagens do conto não possuem nomes, apenas uma descrição, em que alguns personagens é mais detalhada e em outros mal é falada. Os únicos que fazem parte do conto são: o dono da livraria, a filha e a esposa deste e a menina que quer o livro emprestado. Essa questão dos personagens não serem identificados com nomes próprios faz com que o leitor consiga se identificar mais fácil e deixa a entender que eles não são o tema principal do conto, e assim o escritor consegue dar mais importância para outras partes do conto.
O espaço é muito pouco descrito, os lugares que conhecemos são apenas a escola, que explica onde as meninas se conhecem, e a casa do dono da livraria. Isso mais uma vez, faz com que o leitor não dê tanta importância para o espaço, e se concentre mais no contexto, na história, no que está acontecendo e no que vai acontecer, tanto que a história se passa em maios ou menos 2 semanas, e o cenário é um único e repetitivo.
A menina se sente tão feliz como se o livro fosse dela e que poderia aproveitar e demorar o quanto quisesse, mas ela sabe que em um momento iria ter que devolver o livro, por isso o nome do conto se refere a uma felicidade clandestina, pois é como se fosse uma felicidade “falsa”, porque ela age como se o livro agora fosse dela, mas não era. O conto é retratado em 1ª pessoa protagonista, mas na verdade é a narradora mais velha que está contando sobre essa história, que se passou na sua infância. Essa parte do conto é possível observar tanto o narrador, quanto a parte em que ela mostra que percebe que sua felicidade era clandestina, “Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! As vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante.”.
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