Artes, perguntado por geraldaomendes, 9 meses atrás

Quais as característica que o terrorismo adiquiriu diante da globalização

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Respondido por luizamarins71
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Resposta:

Introdução

O terrorismo das perseguições, das injustiças e das intolerâncias jamais constituiu problema menor para a sociedade humana. Apesar disto, a quase totalidade dos Estados, salvo raríssimas exceções, sempre pretendeu considerá-lo como patologia marginal. Bem recentemente, a luta contra o terrorismo internacional pontuava-se na busca de altas tecnologias, criação de complexos contra ataques de mísseis, armas nucleares, agentes químicos, biológicos etc.

As estratégias dos Estados na cruzada contra o terror, principalmente nos países centrais, desde a queda do muro de Berlim, transformaram-se em apáticas e desacreditadas indústrias antiterror. Envolvidos por interesses financeiros da indústria de informação e produção de mísseis, os serviços de inteligência confiaram demais na alta sofisticação tecnológica. Esqueceram-se que além da aparente vitória dos computadores contra o terror, coisas outras existem por detrás dos biombos da mundialização; que a terra é feita de interesses. Noutras palavras, ignoraram a História e suas velhas lições, inclusive a Guerra de Tróia.

Todo o aparato defensivo de altíssima tecnologia, no qual o contribuinte do mundo inteiro tanto dinheiro enterra, acabou burlado por métodos simples atrelados ao sofisticado terrorismo financeiro, engendrados por redes humanas dentro do território do país considerado inexpugnável e locomotiva da economia mundial.

O cavalo de Tróia do terror, exibido bem no coração dos Estados Unidos, pela dramaticidade de sua simbologia, pelo anonimato de seus autores, pelo sensacionalismo da mídia na exploração das imagens da destruição, acabou maior que o "presente de grego". Espalhou o medo e o pânico em escala jamais concebida. Seus amargos frutos estão por ser colhidos em qualquer lugar. Daí o esforço analítico para apresentar ao leitor da Revista Brasileira de Política Internacional o presente esboço do complexo mapeamento teórico em busca das tendências e causas estruturais da violência do terror na comunidade das nações.

Novo teste da hegemonia política

A demonstração do poderio bélico dos Estados Unidos – de seus gigantescos porta-aviões, de sua portentosa força aérea, de suas divisões com guerreiros fantasiados de invencibilidade – tão enaltecido após a II Guerra Mundial, continua penetrando diuturnamente nos lares estadunidenses e nos países sob sua órbita de influência. Por meio da televisão e da eficientíssima engrenagem do aparato cultural chamado Hollywood, inclusive a derrota no Vietnã é lembrada como acidente casual de passado remoto.

Nos países comunistas, o aparato de poder era exposto mais parcimoniosamente, ou seja, no primeiro de maio e nas suas respectivas datas nacionais. Toda esta força conhecida, incapaz de enfrentar o terrorismo que atingiu em cheio os símbolos da segurança e da prosperidade do capitalismo norte-americano, ou seja, o Pentágono e as duas torres em Nova Iorque, terá contra si as iras da manipulada opinião pública estadunidense.

O sacrifício dos limites impostos pelo estado de direito e pelo estado democrático na luta contra o terror fere o que há de nobre, precioso e sagrado na alma da democracia americana, ou seja, o respeito às liberdades individuais. Opor-se ao terror consoante a filosofia democrática e a ética cristã, respeitar os valores que se procura salvar e deixá-los fora do alcance dos terroristas é elogiável. Mas reagir com violência semelhante, ou seja, converter a campanha contra o terrorismo em uma espécie de outra guerra santa, que faz vítimas inocentes com os bombardeios ao Afeganistão, desvenda as ambigüidades e a hipocrisia da pax americana.

O colapso da moralidade

O colapso da moralidade convencional e o colapso dos princípios da segurança humana em que também se assentam os pilares do Estado-nação levam a crer que, de todas as deficiências da política antiterror dos Estados Unidos nas relações internacionais, a mais grave é a desconsideração das desigualdades. Vale dizer as desigualdades como causas estruturais, fomentadoras do terrorismo internacional.

A forma pouco sofisticada, nada técnica politicamente falando, como começou a ser implementada a caça aos terroristas,

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