Quais as 3 formas de dominação e exercício do poder,segundo Weber? Explique no que consiste cada uma delas
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Racional-Legal: origina-se de regras, estatutos e leis sancionadas pela Sociedade ou Organização. Tais regras definem a quem obedecer e até quando obedecer, tornando possível a aceitação, por parte dos subordinados, de um superior devido uma consciência de que este tem direito de dar ordens, ou seja, reconhecem que a Autoridade está no cargo ocupado e não na pessoa que o ocupa, que só pode exercer a Dominação dentro dos limites estabelecidos pelo cargo ocupado. Sendo assim, a associação dominante é eleita ou nomeada pelas leis e regras definidas por todos, com a idéia básica de que qualquer direito pode ser criado ou modificado mediante um estatuto sancionado corretamente, ou seja, que leve em consideração as necessidades de todos os envolvidos, e os subordinados são membros da associação. Aqui o poder é impessoal, obedecendo-se à regra estatuída e não à pessoa, a administração é extremamente profissional e também está subordinada ao estatuto que a nomeou, não possui influência pessoal e/ou sentimental e seu funcionamento tem por base a disciplina do serviço. As nomeações obedecem a exigências e competências profissionais para a atividade de um cargo, são baseadas em contratos de serviço, recebem um pagamento fixo de acordo com o cargo ocupado e possuem iguais chances de ascensão de acordo com as regras pré-estabelecidas. Logo, conclui-se que esta forma de Autoridade nos remete diretamente às instituições burocráticas, onde quem ordena é dito superior e os que obedecem são os profissionais, e que tal Dominação só foi possível com a consolidação do Sistema Capitalista de Produção, que realizou a transição de uma Sociedade baseada em valores (tradicional) para uma orientada para objetivos, com regras e controle racional dos meios para atingir os fins. Exemplos: empresas capitalistas privadas, a estrutura moderna do Estado, forças armadas, etc.
Tradicional: tem como base de legitimação, e de escolha de quem a exercerá, as tradições e costumes de uma dada sociedade, personificando as instituições enraizadas no seio desta sociedade na figura do líder. Acredita na santidade das ordenações e dos poderes senhoriais, em um "estatuto" existente desde o principio, com o poder emanando da dignidade própria, santificada pela tradição, do líder, de forma fiel. Neste tipo, quem ordena é o senhor e quem obedece são os súditos, as regras são determinadas pela tradição, é regida pela honra e a boa vontade do senhor, que é considerado justo, e há uma prevalência dos princípios de equidade material em detrimento dos formais na atividade administrativa. Exemplos: a dominação patriarcal (tipo mais puro dessa dominação), uma aldeia indígena, a monarquia, os despotismos, o Estado Feudal, etc.
Carismática:etimologicamente, é aquela apoiada na devoção a um senhor e a seus dotes sobrenaturais (carisma). A influência só é possível devido qualidades pessoais, tais como faculdades mágicas, revelações, heroísmo e poder intelectual ou de oratória, com depósito de confiança em alguém que é visto como um herói, santo, salvador ou exemplo de vida, extinguindo-se quando há perda de credibilidade ou quando as virtudes que geravam tal influência sofrem desgaste, em outras palavras, a Dominação só dura enquanto há carisma. Nesta, quem ordena é visto como líder e os dominados são considerados apóstolos, discípulos, pupilos, seguidores, fãs, etc. O poder é pessoal, ou seja, obedece-se a pessoa por suas qualidades excepcionais e não por uma posição ocupada por ela formalmente ou por uma dignidade advinda das tradições. Este tipo de autoridade não deriva do reconhecimento, por outro lado, o reconhecimento e a fé são considerados deveres. Desconhece o conceito de competência ao nomear seu quadro administrativo sem considerar qualificações profissionais e também o de privilégio ao desconsiderar os costumes. Aqui o dominador é visto pelo dominado como alguém que possui uma missão a ser executada na Terra e, portanto, não necessita de regras e pode ser considerado como acima de toda lei imposta, pois necessitaria apenas de suas qualificações carismáticas para cumprir seus desígnios. Desprende-se da tradição devido à revolução ou renovação que o líder anuncia e a aceitação de suas ordens é de caráter obrigatório, desde que outra, também de origem carismática, não se oponha, quando há uma disputa entre líderes, onde somente a comunidade e a força do carisma de ambos, que será comparada e mensurada, irão decidir de qual lado está a "verdade". Este tipo de Autoridade é um dos maiores impulsores das revoluções pela qual a humanidade passa, entretanto, por ser extremamente pessoal, tende a ser autoritário em sua forma mais pura. Exemplos: grandes demagogos, heróis guerreiros, profetas, Fidel Castro (na época da Revolução Cubana), Antônio Conselheiro, Gandhi, Jesus Cristo, Adolf Hitler, etc.
Tradicional: tem como base de legitimação, e de escolha de quem a exercerá, as tradições e costumes de uma dada sociedade, personificando as instituições enraizadas no seio desta sociedade na figura do líder. Acredita na santidade das ordenações e dos poderes senhoriais, em um "estatuto" existente desde o principio, com o poder emanando da dignidade própria, santificada pela tradição, do líder, de forma fiel. Neste tipo, quem ordena é o senhor e quem obedece são os súditos, as regras são determinadas pela tradição, é regida pela honra e a boa vontade do senhor, que é considerado justo, e há uma prevalência dos princípios de equidade material em detrimento dos formais na atividade administrativa. Exemplos: a dominação patriarcal (tipo mais puro dessa dominação), uma aldeia indígena, a monarquia, os despotismos, o Estado Feudal, etc.
Carismática:etimologicamente, é aquela apoiada na devoção a um senhor e a seus dotes sobrenaturais (carisma). A influência só é possível devido qualidades pessoais, tais como faculdades mágicas, revelações, heroísmo e poder intelectual ou de oratória, com depósito de confiança em alguém que é visto como um herói, santo, salvador ou exemplo de vida, extinguindo-se quando há perda de credibilidade ou quando as virtudes que geravam tal influência sofrem desgaste, em outras palavras, a Dominação só dura enquanto há carisma. Nesta, quem ordena é visto como líder e os dominados são considerados apóstolos, discípulos, pupilos, seguidores, fãs, etc. O poder é pessoal, ou seja, obedece-se a pessoa por suas qualidades excepcionais e não por uma posição ocupada por ela formalmente ou por uma dignidade advinda das tradições. Este tipo de autoridade não deriva do reconhecimento, por outro lado, o reconhecimento e a fé são considerados deveres. Desconhece o conceito de competência ao nomear seu quadro administrativo sem considerar qualificações profissionais e também o de privilégio ao desconsiderar os costumes. Aqui o dominador é visto pelo dominado como alguém que possui uma missão a ser executada na Terra e, portanto, não necessita de regras e pode ser considerado como acima de toda lei imposta, pois necessitaria apenas de suas qualificações carismáticas para cumprir seus desígnios. Desprende-se da tradição devido à revolução ou renovação que o líder anuncia e a aceitação de suas ordens é de caráter obrigatório, desde que outra, também de origem carismática, não se oponha, quando há uma disputa entre líderes, onde somente a comunidade e a força do carisma de ambos, que será comparada e mensurada, irão decidir de qual lado está a "verdade". Este tipo de Autoridade é um dos maiores impulsores das revoluções pela qual a humanidade passa, entretanto, por ser extremamente pessoal, tende a ser autoritário em sua forma mais pura. Exemplos: grandes demagogos, heróis guerreiros, profetas, Fidel Castro (na época da Revolução Cubana), Antônio Conselheiro, Gandhi, Jesus Cristo, Adolf Hitler, etc.
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