Quais ações praticadas pelo presidente João goulart estimularam o golpe militar?
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O governo de João Goulart foi um dos mais atribulados da história da República Brasileira, pois foi marcado por conspirações militares, desajuste econômico com altíssima inflação, tentativa de aplicação de reformas de base, aproximação com as esquerdas que almejavam a via revolucionária, entre outros acontecimentos. João Goulart esteve no poder de setembro de 1961 a abril de 1964, mês em que foi efetivamente afastado do poder por uma articulação civil-militar. Esse evento foi denominado por alguns como “Golpe de 1964” e por outros como “Revolução de 1964”.
De agosto para setembro de 1961, ocorreu a renúncia do presidente Jânio Quadros, que protagonizara um governo permeado de excentricidades. O vice-presidente eleito, João Goulart, deveria, de pronto, assumir a presidência do país. Entretanto, Goulart (também conhecido pelo apelido Jango) encontrava-se, nessa ocasião, na República Popular da China, que então já era uma ditadura de viés comunista. Representantes de setores civis e militares do Brasil acreditavam que a volta de Goulart para assumir o poder resultaria na brecha para que houvesse uma revolução comunista em solo brasileiro.
Antes de Goulart conseguir voltar ao Brasil, a chefia do país foi confiada a Ranieri Mazzilli, então presidente da Câmara dos Deputados. Nessa ocasião, houve a chamada “Batalha da Legalidade”, isto é, enquanto alguns ministros militares, contrários à posse de Jango, queriam vetar sua volta ao Brasil, outros militares, como o general Machado Lopes, queriam garantir a posse. Leonel Brizola (à época governador do Rio Grande do Sul e cunhado do presidente) articulou-se com militares que também queriam a posse de Jango, criando um esquema de proteção em torno da figura do presidente. A solução para esse impasse foi dada pelo Congresso Nacional, ao transformar o regime presidencialista em parlamentarista.
Com o regime parlamentarista, Goulart ficou com força política restrita, mas acabou sendo empossado presidente em 07 de setembro de 1961. O ano seguinte, 1962, foi marcado pela realização das eleições para os Estados e para o Congresso e, junto a elas, a acentuação das divergências politicas, que se concentravam tanto nos principais partidos, PSD, PTB e UDN, quanto em outras organizações, como a Escola Superior de Guerra (ESG) e a UNE (União Nacional dos Estudantes). Em 1963, ocorreu a volta ao regime presidencialista por meio de um plebiscito que indagava os cidadãos a respeito do “sim” ou do “não” ao regime em voga. Cerca de 9,5 milhões, de quase 12,5 milhões de pessoas que voltaram, disseram não, e Goulart voltou a ter o poder centralizado no Executivo.
O governo de Goulart procurou compor um quadro administrativo com nomes como San Tiago Dantas, Celso Furtado, Almino Afonso e Amauri Kruel. Com essa organização, o governo procurou promover um plano trienal para combater a inflação e acelerar o crescimento econômico. Entretanto, o governo enfrentava também outros problemas, como as ondas de greves e as insubordinações militares. Além disso, houve a tentativa de promoção das Reformas de Base, como a Reforma Agrária, tentativa essa que atraiu a atenção das camadas revolucionárias da esquerda, que viam nas reformas a possibilidade de radicalização. Atraiu também a atenção de militares e civis conservadores que se colocavam veementemente contra.
De agosto para setembro de 1961, ocorreu a renúncia do presidente Jânio Quadros, que protagonizara um governo permeado de excentricidades. O vice-presidente eleito, João Goulart, deveria, de pronto, assumir a presidência do país. Entretanto, Goulart (também conhecido pelo apelido Jango) encontrava-se, nessa ocasião, na República Popular da China, que então já era uma ditadura de viés comunista. Representantes de setores civis e militares do Brasil acreditavam que a volta de Goulart para assumir o poder resultaria na brecha para que houvesse uma revolução comunista em solo brasileiro.
Antes de Goulart conseguir voltar ao Brasil, a chefia do país foi confiada a Ranieri Mazzilli, então presidente da Câmara dos Deputados. Nessa ocasião, houve a chamada “Batalha da Legalidade”, isto é, enquanto alguns ministros militares, contrários à posse de Jango, queriam vetar sua volta ao Brasil, outros militares, como o general Machado Lopes, queriam garantir a posse. Leonel Brizola (à época governador do Rio Grande do Sul e cunhado do presidente) articulou-se com militares que também queriam a posse de Jango, criando um esquema de proteção em torno da figura do presidente. A solução para esse impasse foi dada pelo Congresso Nacional, ao transformar o regime presidencialista em parlamentarista.
Com o regime parlamentarista, Goulart ficou com força política restrita, mas acabou sendo empossado presidente em 07 de setembro de 1961. O ano seguinte, 1962, foi marcado pela realização das eleições para os Estados e para o Congresso e, junto a elas, a acentuação das divergências politicas, que se concentravam tanto nos principais partidos, PSD, PTB e UDN, quanto em outras organizações, como a Escola Superior de Guerra (ESG) e a UNE (União Nacional dos Estudantes). Em 1963, ocorreu a volta ao regime presidencialista por meio de um plebiscito que indagava os cidadãos a respeito do “sim” ou do “não” ao regime em voga. Cerca de 9,5 milhões, de quase 12,5 milhões de pessoas que voltaram, disseram não, e Goulart voltou a ter o poder centralizado no Executivo.
O governo de Goulart procurou compor um quadro administrativo com nomes como San Tiago Dantas, Celso Furtado, Almino Afonso e Amauri Kruel. Com essa organização, o governo procurou promover um plano trienal para combater a inflação e acelerar o crescimento econômico. Entretanto, o governo enfrentava também outros problemas, como as ondas de greves e as insubordinações militares. Além disso, houve a tentativa de promoção das Reformas de Base, como a Reforma Agrária, tentativa essa que atraiu a atenção das camadas revolucionárias da esquerda, que viam nas reformas a possibilidade de radicalização. Atraiu também a atenção de militares e civis conservadores que se colocavam veementemente contra.
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