Quais ações Inglaterra, França e Holanda tiveram para conquistar os mares? (Expansão Marítima)
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Resposta:
Quando as Coroas portuguesa e espanhola dividiram o mundo, em junho de 1494, através do Tratado de Tordesilhas, era de se esperar que os governos da Inglaterra, França e Holanda tivessem se recusado a reconhecer a partilha.
Mesmo tendo sido referendado pelo papa (espanhol) Alexandre 6º, o tratado não deixava terras para mais ninguém. A linha divisória do Tratado de Tordesilhas passaria a 370 léguas marítimas (aproximadamente 2.442 quilômetros) a oeste do arquipélago de Cabo Verde, na região mais ocidental da costa africana.
Nos livros, a linha de Tordesilhas geralmente é mostrada cortando apenas o território da América do Sul, quando, na verdade era um meridiano e circundava o globo terrestre passando pelos dois pólos. A leste, "todas as terras descobertas, ou por descobrir", pertenceriam a Portugal e, a oeste, o mesmo valia para a Espanha.
Inglaterra, França e Holanda rejeitam Tratado de Tordesilhas
Até 1456, ingleses e franceses travaram a Guerra dos Cem Anos (iniciada em 1337), que consumiu uma enorme quantidade de dinheiro e homens por mais de um século.
Ao final do conflito, a França, que suportou praticamente toda a guerra dentro de seu território, teve urgência na recomposição de sua agricultura e de suas finanças, o que levou algum tempo. Na Inglaterra, a disputa pelo trono levou à Guerra das Duas Rosas, um conflito interno que envolveu as famílias Lancaster (rosa vermelha no brasão) e York (rosa branca no brasão).
A paz só foi alcançada em 1485, com a coroação de um membro da família Tudor, Henrique 7º, que tinha laços de parentesco com as duas casas de nobres que vinham se digladiando até então.
Os Países Baixos também estiveram envolvidos numa série de disputas entre nobres e o rei. A região da Flandres, desde o século 12, se destacou por seu desenvolvimento manufatureiro e seu próspero comércio, tendo chegado a ser alvo da disputa entre a França e a Inglaterra na Guerra dos Cem Anos.
Em 1556, os Países Baixos caíram sob o domínio de Filipe 2º de Habsburgo, rei da Espanha, país cuja principal fonte de riqueza eram as minas de ouro e prata da América. Desdobramentos da Reforma Protestante e da Contra-Reforma, no século 16, os conflitos entre católicos e protestantes contribuíram para a demora na busca da expansão das rotas comerciais flamengas para fora da Europa.