ENEM, perguntado por alejoblanco1187, 1 ano atrás

Q98 - O senhor
Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aos presentes o tratamento de você, se dirigiu ao autor chamando-o “o senhor”:
Senhora:
Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado e cara triste, para vos dizer que senhor ele não é, de nada, nem de ninguém.
Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está em não querer esconder sua condição, e esta nobreza tenho eu. Assim, se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamáveis você escolhestes a mim
para tratar de senhor, é bem de ver que só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa e na prata de meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí; o território onde eu mando é no país do tempo que foi. Essa palavra “senhor”, no meio de uma frase, ergueu entre nós um muro frio e triste.
Vi o muro e calei: não é de muito, eu juro, que me acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira.
(BRAGA, R. A borboleta amarela. Rio de Janeiro: Record, 1991).
A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente considera as situações específicas de uso social. A violação desse princípio causou um mal-estar no autor da carta. O trecho que descreve essa violação é:

A) “Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma frase ergueu entre nós um muro frio e triste.”
B) “A única nobreza do plebeu está em não querer esconder a sua condição.”
C) “Só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa.”
D) “O território onde eu mando é no país do tempo que foi.”
E) “Não é de muito, eu juro, que acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira.”

Soluções para a tarefa

Respondido por brenotorres
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A) “Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma frase ergueu entre nós um muro frio e triste.”
A palavra "senhor" utilizado na carta cria uma certa distância entre os participantes, pois esse tipo de termo mostra uma necessidade de formalidade na conversa, uma vez que os dois não possuem intimidade. 
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