propostas do islamismo
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Resposta:
No dia 4 de junho de 1989, as televisões do mundo inteiro mostraram as imagens do enterro do aiatolá Khomeini no Irã. Pelo menos 1 milhão de pessoas seguiu o cortejo. Para os olhos ocidentais, foi um espetáculo assustador — cenas dramáticas de choro, confusão, desespero, histeria, numa impressionante manifestação de fervor religioso. Para os cerca de 840 milhões de muçulmanos que hoje em dia vivem no planeta, nada mais compreensível: afinal, a morte do aiatolá é a repetição da própria morte do profeta Maomé, o fundador da mais nova das grandes religiões, o islamismo. Até o século VI, quando nasceu Maomé, a Península Arábica permaneceu quase inacessível ao Ocidente. Região desértica, com 2,6 milhões de quilômetros quadrados, permaneceu a salvo dos conquistadores romanos, graças, exatamente, à sua situação geográfica — isolada ao norte pelo Mar Mediterrâneo, ao sul pelo Oceano Índico e a oeste pelo Mar Vermelho. Nas regiões à beira-mar, no sul, (onde hoje ficam os dois Iêmens vicejaram algumas civilizações). O mais conhecido dos reinos foi o de Sabá; escavações recentes mostraram vestígios de palácios monumentais e estátuas na cidade de Marib — capital do reino. Pelo relato de cronistas gregos, persas e romanos, conclui-se que a região, rica e próspera, merecia mesmo ser chamada Arábia Feliz.No resto da península, viviam os sarracenos — beduínos nômades, de origem semítica, com a pele branca mas tostada pelo sol.