Propostas: 1- Mesmo sem conhecer o poema original de Catulo, é possível perceber, comparando-se as duas traduções, que a Tradução 1 é literal, sem “recriação”, sem preocupações com o ritmo nem com o entendimento que o leitor poderia ter do texto. Já a Tradução 2 é um exercício de recriação, com modificações de vários referentes sem, entretanto, perder o tom satírico do texto. Sobre o que recai a sátira do texto? 2- Se você quisesse utilizar esse poema de Catulo em uma classe de Ensino Médio, qual das duas traduções utilizaria? Por quê? Que tipo de abordagem proporia?
Soluções para a tarefa
Bem, creio que a sátira do texto recai sobre a questão da variação linguística, durante a história podemos perceber que o personagem de Árrio possuía uma maneira bastante diversificada de falar, que apresentava diversas variações e particularidades, provavelmente regionais ou diastráticas, em sua construção. E ele, como boa parte das pessoas, considerava o seu modo de falar como sendo superior a dos demais grupos, e por isso, continuava a falar a sua própria maneira, usando da sua variação linguística, tão normal e rotineiramente, que muitos dos habitantes da região, a qual ele havia ido visitar, passaram a se convencer de que o seu modo diferenciado de falar era de fato, o certo.
Considero que a tradução de Pedro Paulo Funari seja a proposta mais adequada para o modelo de um teste, ou para a proposta de uma atividade, pois as modificações e variações feitas em sua tradução auxiliarão os estudantes a interpretarem e compreenderem o texto de um modo mais claro e preciso pois a sua escrita esta mais bem construída e estruturada. Penso que uma proposta interessante para esta atividade seria colocar a tradução de Funari como um texto de referencia e criar um conjunto de exercícios e atividades com o tema: variações linguísticas.
^_^ Espero ter ajudado