Pronominais
Dê-me um cigarro/ Diz a gramática
Do professor e do aluno/ E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco/ Da Nação
Brasileira
Dizem todos os dias/ Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(Oswald de Andrade)
Como identificar no poema de Oswald de Andrade um
exemplo de colocação pronominal de acordo com a norma culta e outro de
acordo com a língua informal. Em seguida, explicar o uso desses pronomes
encontrados, informando se há próclise, mesóclise ou ênclise.
Como podemos justificar o “erro” de colocação pronominal na poesia de Oswald de Andrade?
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Na gramática normativa, o certo é dizer "dê-me.." (ênclise = pronome depois do verbo), pois, segundo ela, não se deve iniciar frases com pronomes oblíquos átonos; no entanto, nós brasileiros, estamos acostumados a dizer "me dá.." (próclise = pronome antes do verbo). Mesmo sendo um erro na gramática normativa, em outro tipo de gramática é não é. A ênclise é mais usado no português de Portugal e a próclise no português Brasil. Apesar do idioma ser o mesmo de Portugal, penso que o Brasil tem uma língua própria.
MARLÇI:
obg
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Um exemplo de colocação pronominal de acordo com a norma culta:
"Dê-me um cigarro"
> Uso da ênclise (pronome oblíquo depois do verbo)
Um exemplo de colocação pronominal de acordo com a língua informal:
"Me dá um cigarro"
> Uso da próclise (pronome oblíquo antes do verbo)
O “erro” de colocação pronominal na poesia de Oswald de Andrade é proposital, pois o poeta quer chamar a atenção para a forma como as pessoas falam no dia a dia, em que muitas vezes há discordância com a gramática normativa.
A gramática manda dizer "dê-me um cigarro", mas as pessoas falam "me dá um cigarro".
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