produza um texto falando sobre racismo contra os lgbt's.
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Resposta:
foi oq eu achei
A cada 25 horas, um LGBT é assassinado no Brasil. Em 2016, 343 foram mortos no país, segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), mas quando se é preto sabemos que a chance de estar nas estatísticas aumenta. Afinal, o tempo todo estamos sujeitos ao genocídio da população negra.
É uma luta dupla, cansativa e diária ser negro LGBT em uma sociedade racista e LGBTfobica, de acordo com o relato de quatro entrevistados: Regiane Silva, lésbica, Ézio Rosa, gay, Luiza Bonfim, bissexual, e Paulette Furacão, transexual.
Apesar disso, o relatório de 2016 do GGB, “Assassinato de LGBT no Brasil”, ainda possui dados escassos, já que poucas mortes são registradas por homofobia — ainda não criminalizada no país. A principal fonte de informação dos pesquisadores é a mídia, que há pouco tempo tem demonstrado interesse em veicular mortes como essas.
“Infelizmente, as reportagens policiais sobre crimes contra as minorias sexuais são muito lacunosas relativamente ao perfil demográfico das vítimas, dificultando sua melhor caracterização. Quanto à cor dos LGBT assassinados, 64% eram brancos, 36% negros”, registra o conteúdo da pesquisa.
14ª Caminhada de mulheres Lésbicas e Bissexuais, em 2016, São Paulo
Confira os relatos desses LGBT’s que lutam para sobreviver às opressões de um país persistente em condenar o amor e a cor.
COMO É SER UM LGBT NEGRO NO BRASIL?
Regiane Silva, lésbica, estudante
“A gente, por conta do racismo, já tem nosso corpo negado em muitos espaços. Então é necessário muita coragem para se assumir lésbica em uma sociedade que a heteronorma é uma regra, que torna nossa sexualidade maldita. Por combinar esses fatores, negados por uma sociedade que nem reconhece que mulheres negras são mulheres, é um ato de coragem ser uma mulher lésbica e negra.
Eu acho que a gente precisa debater o genocídio da população negra, debater a desmilitarização da polícia, além da formação com base em direitos humanos e discutir os números e reparação histórica dessa violência, porque ela afeta as pessoas negras LGBT’s e toda a diversidade de pessoas negras. Isso acaba moldando a sociedade, ela acaba sendo o fator da manutenção de armários, então esses debates nunca devem ser separados.”
Ézio Rosa, gay, trancista
“O lugar-comum é estar constantemente no não lugar. Esperam dos homens uma performance ultramegaviril, hétero e branca e, quando rompemos essa expectativa sendo exatamente o oposto do esperado, colocamos em xeque a única forma de masculinidade ensinada e aprendida.
A principal diferença entre um gay negro e um gay branco é que o negro não será em nenhuma instância privilegiado (a não ser pelo motivo de ser homem) nesta sociedade que tem seus pilares fincados no racismo. Sendo assim, embora sejam ambos homens, os privilégios da raça ainda farão com que nós, negros, sempre estejamos em desvantagem.
O mecanismo principal que precisa ser adotado, para ontem, em nossa sociedade é o da escuta. Há décadas talvez não tivéssemos tantas pessoas falando, cantando e escrevendo o óbvio como atualmente. No entanto, nos dias de hoje, esbarramos o tempo todo com pessoas trazendo discussões feitas com seriedade na música, no teatro, na poesia e por aí vai. Inúmeras pessoas produzindo e elevando as discussões de raça, classe e gênero para um outro patamar, enquanto pouco se escuta, pouco se reflete. Não são nossas vozes que não ecoam o suficiente, são os ouvidos que estão viciados em uma única frequência.”
Rouseanny Luiza Bonfim, bissexual, professora
“O movimento LGBT ainda precisa reconhecer as diferenças dentro dele. E isso não é hierarquizar opressões, é entender que existem múltiplas identidades. Existem pautas que são invisibilizadas, como a saúde de mulheres lésbicas e bissexuais, ou a questão racial que pode agravar um contexto de violência por orientação sexual,inclusive dentro do movimento.
Ao mesmo tempo que esses espaços precisam ser criados e protagonizados por nós, é necessário que ouçam nossas demandas, que pensem de fato todas as letras do movimento sem hierarquia, que a questão racial e de gênero sejam discutidas de forma interseccional.
Aprendi com uma amiga que é difícil você cuidar de alguém se não se cuida e que falar é um espaço de cura. Somos silenciados durante a vida, adquirimos uma timidez e submissão que não nos pertence, somos ensinados a não questionar e ignorar o que nos fere, não apenas no aspecto emocional, mas nos direitos básicos sociais. E se falássemos sobre isso em vez de fingir que somos todos iguais? E se a gente propusesse romper a realidade social a partir de novas narrativas, outros olhares?
Explicação:
Resposta:
eu acho que é resposta pessoal ou seja, vc que tem que pensar num texto
Explicação:
podemos notar que esta falando para produzir um texto, e n para escrever um texto.