produção de texto . violencia contra o professor na escola
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Resposta:
Ser professor, hoje, no Brasil, não é tarefa fácil, seja pela desvalorização da profissão ou pela violência que assola as escolas. O Brasil é o país com o maior número de casos de violência contra professores. Segundo um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) chamado Talis (Teaching and Learning International Survey), realizado em 2013, 12,5% dos professores entrevistados no país disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. O país ocupa a pior posição dentre os pesquisados da OCDE, que apresentam a média de 3,4%.
No dia 21 de agosto, o caso da professora Márcia Friggi, que foi agredida a socos por um aluno de 15 anos, em Santa Catarina, viralizou nas redes sociais. O episódio aconteceu em um Centro de Educação de Jovens e Adultos na cidade de Indaial. A professora publicou fotos do seu rosto ferido no Facebook, fazendo um apelo para que pais e alunos voltem a respeitar os professores e para que o país volte a valorizar a educação, que foram amplamente compartilhadas.
O professor é um profissional extremamente desvalorizado, tanto do ponto de vista material quanto social e simbólico. Para Sandra Tosta, professora da pós-graduação em educação da PUC Minas e doutora em antropologia social, essa desvalorização está intimamente ligada à violência. “O professor é um profissional que está em extinção, principalmente os da educação básica e de determinadas áreas, como biologia, física, química. Digo que a gente está vivendo um apagão de professores. Essa ausência não é só por conta do salário, é também uma desistência pelo tanto que ele é desvalorizado e agredido.”
Segundo números fornecidos pela Secretaria de Estado e Segurança Pública (SESP), são quase 200 crimes cometidos mensalmente em escolas públicas e privadas. Dentro dos crimes estão as agressões físicas, verbais e brigas entre os próprios alunos. Além disso, nesse número também estão contidas ameaças, injúrias, difamação e calúnias.
COTIDIANO
Professor da rede estadual de ensino, Bruno Parreiras, de 27 anos, ressalta que a violência verbal é mais regular que a física. Ele relata como foi a situação de violência verbal que aconteceu com ele enquanto trabalhava. “Dentro de sala, quando fui chamar a atenção de um dos alunos, fui respondido com várias ofensas desse aluno em questão”. O caso foi resolvido após um pedido de desculpas vindo do aluno. “É bom enfatizar que a questão da violência varia muito pelo local e turno que o professor trabalha. Existe o medo para todos mas, dependendo da escola, a coisa pode ser mais pesada”, analisou.
C.A. tem 26 anos e há dois trabalha na rede estadual de ensino como professor. Ele afirma que, diversas vezes, já foi vítima de agressão verbal dentro da sala de aula. “É comum alunos não aceitarem as notas ou alguma situação que lhes é imposta pelo cronograma da matéria ou da escola e descontar a raiva nos professores. Nunca fui vítima de agressão física, mas verbalmente já fui ameaçado várias vezes e sempre acionei a polícia quando necessário. Porém, na maioria dos casos, quando o aluno percebe que a situação se encaminhará para fora da sala de aula, a tendência é que ocorra um pedido de desculpas e minimizam a situação”, relatou.
Nem todos os professores são vítimas de violência dentro das salas. A professora Bruna Monteiro, de 29 anos, afirma que nunca foi vítima de violência verbal ou física. Porém, esse fato não faz com que ela tenha a opinião que a profissão de professor seja segura. “A escola pública é o reflexo da sociedade. Estamos lidando com um momento complicado dentro do país, e a escola consegue mostrar esse exemplo claramente. Temos uma sociedade violenta, então isso deve se manifestar na escola de alguma maneira”, disse.
Mesmo assim, a professora Bruna afirma que não há uma naturalização da agressão em ambiente escolar. “Ainda acho que a escola seja um lugar seguro. Pois é um lugar de formação, socialização e transformação, ou seja, é possível que a experiência vivida lá dentro melhore a vida das pessoas. Não conheço nenhuma escola em que uma agressão a professor ou a colegas de escola seja considerado algo normal”, comentou.
Explicação:
espero ter ajudado deu trabalho pra escrever :)