produção de texto sobre somos todos iguais consciência negra
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No Brasil, o mês de novembro é tradicionalmente dedicado à consciência negra. A data se refere à morte do líder de quilombo Zumbi dos Palmares, ocorrida em 20 de novembro de 1695, símbolo de resistência negra na história do país. Embora criticada por muitos que, em vez, defendem um “Dia da Consciência Humana” já que somos todos humanos e iguais, ainda há muito o que se falar em “Dia da Consciência Negra” em um país onde a humanidade não é ofertada igualmente a todos.
Enquanto a desigualdade perdurar em nossa sociedade, teremos, sim, que reservar um mês dentre os doze do ano para refletirmos a questão racial no país e os avanços por mais inclusão e igualdade neste campo. É por causa do mês de novembro que em outros meses ainda conseguimos refletir que a questão do racismo não é “vitimismo” e podemos apontar as inúmeras desigualdades produzidas por esta opressão.
Somos diferentes e isso é maravilhoso. O discurso do “somos todos iguais” também é perigoso porque camufla o desejo de se apagar as diferenças em nome de um ideal hegemônico. “Somos todos iguais”, desde que sejamos todos brancos; “não tolero esse seu cabelo afro”. “Somos todos iguais”, desde que sejamos todos cristãos; “a sua religião é do demônio; “Somos todos iguais”, desde que as subjetividades sejam masculinas; “não gosto de ter uma mulher como chefe“; Somos todos iguais”, desde que sejamos todos héteros.; “olha que pouca vergonha esses dois se beijando em público”. Uma pretensa igualdade que vai silenciosamente elimando o diferente.