procure um conto em cordel e copia 5 estrofes em seu caderno
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ANIVERSÁRIO SEM FESTA
Aos dezessete de agosto,
Registro no calendário
O dia em que comecei,
Na vida, o itinerário.
Mas, não trago na lembrança
De em meus tempos de criança
Festejar aniversário.
Fiz quarenta e nove anos
Sem nunca ter perguntado
Ao meu pai ou minha mãe
Por que não tenho guardado
No arquivo da minha mente
Um aniversário somente
Na infância celebrado.
Eu vejo que, hoje em dia,
A família é reunida
Sempre que um de nós completa
Mais um ano nessa vida.
Seja de adulto ou criança
Tem sempre alguma festança
E animação garantida.
Por isso que eu me pergunto:
“E naqueles tempos idos?
Quando menino eu sonhava
Com brinquedos coloridos?
Festejar meu nascimento
Não seria fundamento
Para estarmos reunidos?”
Mas, antes dos meus cinquenta,
Aos meus pais eu perguntei:
“Por que é que, até hoje,
Eu jamais me recordei
De alguma celebração,
Festa ou comemoração
Do dia em que aqui cheguei?”
O que eu perguntei a eles
Não causou muita surpresa.
O meu pai me respondeu,
Com a habitual franqueza,
E puxou pela memória
Para explicar a história
Com detalhes e clareza.
Atenção linda criança
A história vai começar
O conto dos Três Porquinhos
Sírlia Lima vai narrar
Escute com carinho
Pra depois interrogar
Era uma vez na floresta
Três porquinhos a habitar
Moravam com a sua mãe
Tiveram que se separar
A mamãe adoecera
Não pudera mais cuidar
Já estavam bem grandinhos
Tinham que se orientar
E com os parentes
Dona Porca foi morar
E o lobo bem esperto
Queria se alimentar
Se o lobo os encontrasse
Ia a todos devorar
Precisavam de uma casa
Pra poder se abrigar
Cada um tinha seu jeito
Não foi possível juntar
Cícero tinha preguiça
Não queria se cansar
Construiu com palhas
A casa que ia morar
O lobo deu um sopro
Não custou a desabar
O Porquinho Heitor
Achou que tinha esperteza
Fez uma casa com madeiras
Que vinha da natureza
Quando o lobo assoprou
Ficou cheio de tristeza
Enquanto isso Prático
O Porquinho Inteligente
Trabalhava sol a sol
Agindo bem diferente
Fez a casa com tijolos
Pra ficar bem resistente
O lobo impaciente
Já queria derrubar
E conheceu o fracasso
Quando se pôs a soprar
Viu que a casa era forte
Não podia derrubar
O lobo ficou irritado
Ficou com cabelo em pé
Foi então que resolveu
Entrar pela chaminé
Prático acendeu a lareira
E o lobo deu no pé!
Os porquinhos agora
Tiveram uma lição
Precisam ser corajosos
Como fora seu irmão
Valorizar o trabalho
E viver em união
Quando o lobo partiu
Começaram a dançar
E tranqüilos na floresta
Todos iriam ficar
O lobo não se atreveu
Nunca mais quis retornar
Foram felizes pra sempre
Acabou a contação
E se gostaram da história
Expressem opinião
Sírlia Lima se despede
Agradece a atenção