Procissão das almas
A Bá uma vez disse que morou numa cidade no interior de Minas onde aconteceu uma coisa muito estranha.
Nesse lugar fazia muito calor.
Naquele tempo era costume entre as pessoas do lugar, nas noites muito quentes, ficarem na porta das casas conversando ou dando voltas pela cidade até o calor diminuir e assim poderem dormir tranquilas.
Tinha uma velha, a dona Maria da Consolação, que morava numa casa mais afastada.
Como era muito idosa e as pernas doíam, ela apenas ficava na janela esperando o calor passar. Nessas noites, vinha sempre alguém para conversar com ela. Dona Maria oferecia uns doces para a visita, porque era doceira de mão-cheia e fazia um puxa-puxa maravilhoso.
Pois bem, uma noite de muito calor, a dona Maria estava tomando a fresca na janela esperando a hora para dormir. Não apareceu ninguém para conversar com ela, mas a doceira ficou apreciando o luar, que estava uma beleza.
A rua estava bem iluminada. Já era tarde da noite e não tinha mais ninguém nas portas. Tudo estava quieto.
[...]
PESSÔA, Augusto. In.: Bá e as visagens: histórias de assombração.
O trecho destacado poderia ser reescrito da seguinte forma: “A rua estava bem iluminada, mas já era tarde da noite, tudo estava quieto e não havia mais ninguém nas portas”. Comparando as duas possibilidades, percebe-se que o escritor, intencionalmente, optou por uma construção textual com
adjetivos e termos no grau aumentativo.
frases curtas e maior uso de pontos finais.
vocabulário diversificado e pouca pontuação.
verbos no pretérito imperfeito e exclamações.
Soluções para a tarefa
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Resposta: FRASES CURTAS E MAIOR USO DE PONTOS FINAIS.
Explicação:
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