Processo de formação da palavra pau a pique
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Pau a pique, também conhecida como taipa de mão, taipa de sopapo ou taipa de sebe, é uma técnica construtiva antiga que consiste no entrelaçamento de madeiras verticais fixadas no solo, com vigas horizontais, geralmente de bambu, amarradas entre si por cipós, dando origem a um grande painel perfurado que, após ter os vãos preenchidos com barro, transformava-se em parede. As madeira verticais comumente distam uma da outra, de face a face, em torno de vinte e cinco centímetros, enquanto que as horizontais, que são varas finas, mantem distancia de no máximo quinze centímetros. Podia receber acabamento alisado ou não, permanecendo rústica, ou ainda receber pintura de caiação.[1]
Igreja de Nossa senhora do Ó em Sabará
A construção de pau a pique, quando mal executada e mal acabada, pode se degradar em pouco tempo, inclusive se a madeira não for de qualidade ou apropriada para solo, e pode apresentar rachaduras e fendas, tornando-se alvo de roedores e insetos, que se instalam nestas aberturas. Por conta disso, o pau a pique é comumente associado ao barbeiro (Trypanosoma cruzi) em regiões em que este artrópode ocorre, inseto transmissor da Doença de Chagas, que costuma habitar estas frestas.[2] No entanto, quando construída de forma adequada, com base de pedra afastando-a do solo (50 a 60 cm) e devidamente rebocada e coberta, não há o perigo da instalação do barbeiro nas paredes e ou mesmo da degradação do pau a pique.
A Taipa é uma técnica antiga, empregada desde os tempos remotos do Oriente, tendo suas origens herdadas dos romanos. Sua utilização na África data de muito antes da colonização europeia. [3]
Com o passar dos anos e com a utilização dessa técnica, transformações e evoluções foram desenvolvidas. As madeiras deixaram de ser fixadas no solo, pelo fato de apodrecerem rapidamente, suas amarrações passaram a ser feitas com outros materiais, como fibra vegetal e arame galvanizado.[1]
Mais recentemente, no Chile, têm surgido construções utilizando uma variação desta técnica, que é chamada de quincha metálica ou tecnobarro, onde a madeira da "gaiola" é substituída por malha de ferro, preenchida com barro através de equipamento apropriado