Problema: Em uma escola da periferia, a pedagoga percebe que os alunos de uma turma não vão muito à biblioteca e ao conversar com alguns deles notou grande desinteresse pela leitura literária. Ao conversar com a professora da turma, teve o seguinte relato: “eu trabalho toda semana com um livro paradidático diferente, eu vou à biblioteca, escolho um livro que seja adequado à idade dos alunos, depois leio em voz alta para a turma, passo alguns trechos no quadro para que os alunos copiem e aproveito para trabalhar a ortografia de algumas palavras mais complicadas, peço também que os alunos procurem no dicionário alguns termos mais desconhecidos. Aproveito para relacionar o texto com o conteúdo gramatical que estamos trabalhando. E no final peço para que eles façam um quadro resumo da história que deve ter a síntese do que foi contato, o nome dos personagens principais, local, época em que a história passou e a moral dela e se eles quiserem podem desenhar alguma coisa” No texto “Na história do ensino da literatura no Brasil: problemas e possibilidades para o século XXI” Maria do Rosário Mortatti aponta algumas reflexões sobre o trabalho com a literatura literária nas escolas, vejamos algumas citações: Sobre os textos literários: educação da literatura, ou seja, a literatura (em si e por si) educa/ensina: [...] os (bons) textos literários encantam e ensinam (obviamente, se lidos, ou pelo menos ouvidos), porque fazem diferença em nossas vidas, constituem experiências profundamente humanas [...], porque nos ajudam a formular perguntas para nossa vida, estimulam nossa sabedoria, nossa busca de conhecimento de nós mesmos e do mundo. Nesse sentido, encantam e ensinam, porque, lendo-os, aprendemos algo sobre nossa vida, ao mesmo tempo em que aprendemos sobre a importância da literatura na formação do ser humano [...] Esses textos têm, portanto, uma função formativa específica (MORTATTI, 2008b, p. 27). Sobre as necessidades das crianças em relação à literatura: [...] tanto quanto a comer, morar, estudar e ser amadas, todas as crianças brasileiras têm direito a aprender a ler e produzir textos, como um inalienável e substantivo direito à inclusão no mundo público da cultura letrada e em justo respeito a sua condição de ser humano em formação. Mas isso ainda é pouco: todas as crianças (e jovens e adultos e idosos) e também todos os professores deste país têm direito a muito mais; têm direito aos tesouros escondidos, também e sobretudo, nos bons textos literários que lhes vêm sendo proibidos, justamente em nome de um suposto “respeito” a suas precárias condições culturais e sociais, justamente em nome de sua “salvação”; e têm direito já à conquista e à fruição desse direito, porque muitas de nossas crianças poderão ter morrido de “bala ou vício”, bem antes que [sejam consideradas] prontas, maduras e, finalmente, autorizadas a ler [bons textos literários] (MORTATTI, 2010, p. 148). Sobre o trabalho com a literatura em sala de aula: [...] fazem da leitura um exercício escolar e escolarizado; supondo se adequarem ao “gosto”, aos interesses e à realidade dos leitores em formação, impedem-nos de avançar e conhecer aquilo que nem sabem existir; quando não se consideram sujeitos, também eles, desse contínuo processo de formação como leitores de configurações textuais (MORTATTI, 2007b, p. 10). QUESTÃO ORIENTADORA Frente ao relato da professora e considerando que é essencial garantir uma relação lúdica e afetiva do aluno com o texto literário a fim de se construir um leitor crítico e reflexivo, elabore uma conversa que a pedagoga deva ter com a professora da escola com o intuito de valorizar a singularidade da linguagem literária e que, sobretudo os alunos leiam com prazer. *Responda a questão no formato de resposta-texto. 90
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Boa noite!
Com base no enunciado acima, podemos desenvolver uma conversa que seja iniciada pela pedagoga para a educadora de uma determinada instituição.
Inicialmente a pedagoga deve ter os dados nas mãos sobre o rendimento dos alunos e buscar compreender com a professora as problemáticas existentes dentro do ambiente.
Logo depois, buscar medidas que incluam os alunos que não conseguem acompanhar o resto da turma e procurar entender o motivo, para assim os auxiliarem com medidas de acompanhamento inclusivo.
Partindo dos dois pontos iniciais, a pedagoga deve orientar a professora a promover medidas que facilitem a absorção de conhecimento dos alunos, utilizando os livros didáticos mas os aplicando em situações comuns no dia a dia, que inclusive podem acontecer com os alunos, pois assim elas serão melhor instruídas e demonstrarão mais interesse na leitura.
Espero ter ajudado.
Um abraço.
Com base no enunciado acima, podemos desenvolver uma conversa que seja iniciada pela pedagoga para a educadora de uma determinada instituição.
Inicialmente a pedagoga deve ter os dados nas mãos sobre o rendimento dos alunos e buscar compreender com a professora as problemáticas existentes dentro do ambiente.
Logo depois, buscar medidas que incluam os alunos que não conseguem acompanhar o resto da turma e procurar entender o motivo, para assim os auxiliarem com medidas de acompanhamento inclusivo.
Partindo dos dois pontos iniciais, a pedagoga deve orientar a professora a promover medidas que facilitem a absorção de conhecimento dos alunos, utilizando os livros didáticos mas os aplicando em situações comuns no dia a dia, que inclusive podem acontecer com os alunos, pois assim elas serão melhor instruídas e demonstrarão mais interesse na leitura.
Espero ter ajudado.
Um abraço.
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