História, perguntado por Usuário anônimo, 9 meses atrás

principais epidemias que acometeram a espécie humana nos últimos 20 anos ​

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Respondido por meaveqe
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Resposta:essas

Explicação:

Nos anos 80 e 90 a estagnação econômica, o processo inflacionário e o desemprego crescente rompem os mecanismos básicos de reprodução social interrompendo a mobilidade social observada no período anterior e restringindo o consumo. A transformação no mundo do trabalho é de tal ordem que os trabalhadores informais ultrapassam percentualmente os trabalhadores formais.

O agravamento da crise financeira e as várias tentativas de ajuste efetuadas nesse período acabaram por produzir um aumento do desemprego urbano principalmente no setor industrial, atingindo de trabalhadores não qualificados a profissionais de nível superior.

Em 1984 outra doença nova surge, agora no interior do estado: é a febre purpúrica do Brasil. Crianças entre 3 meses e 8 anos de idade apresentam quadros agudos e muitas vezes fatais, de febre purpúrica, que no início são confundidos com meningococcemia. A investigação epidemiológica, entretanto, demonstra que não há a concomitância entre esses casos e a presença de meningite meningocóccica nessa população havendo então a suspeita de uma doença nova. Após cerca de 8 semanas, os casos cessam sem que tenha sido possível esclarecer a etiologia. Dois anos depois, em 1986, novo surto ocorre em Serrana, estabelecendo-se então a relação entre o surgimento dos casos e a ocorrências de epidemias de conjuntivite provocadas por Haemophilus aegypti (Kerr-Pontes e Ruffino Netto, 1991).

Em 1985, a febre amarela faz sua re-introdução no estado. Em maio são notificados 3 casos em Presidente Prudente e Santo Expedito, aparentemente, todos importados do Mato Grosso. A investigação epidemiológica decorrente dessas notificações identifica 44 focos de Aedes aegypti em Presidente Prudente, indicando assim o risco de transmissão urbana da doença e de possíveis epidemias de dengue (Coimbra et al., 1987).

Em 1989 é identificado um surto de malária em usuários de drogas injetáveis na cidade de Presidente Prudente com 12 casos. Os afetados são jovens do sexo masculino, residentes na periferia e empregados no comércio ou na construção civil (Lo et al., 1991). No ano seguinte novo surto ocorre em Bauru com 21 casos confirmados e 119 suspeitos (Barata, 1993). Durante a década de 1990 outros surtos ocorrerão em Araçatuba, Presidente Prudente, Bauru e outras cidades do interior, constituindo-se essa modalidade de transmissão em um problema recorrente desde então.

Uma nova doença aparece em 1993 na região metropolitana. Em Juquitiba são identificados 3 casos de síndrome pulmonar por hantavírus com dois óbitos. Os vírus são do tipo Muerto Canyon que haviam produzido casos nos EUA. Sorologia feita em soroteca obtida de roedores capturados entre 1981 e 1983 na capital mostrou 14% de positividade. O exame do soro de 409 pacientes com suspeita de leptospirose em 1990 mostrou oito soropositivos para hantavírus demonstrando assim que já havia circulação do agente na população murina e humana (Simões et al., 1994). Durante os anos 90 novos surtos serão identificados em diferentes locais do interior do estado.

O verão de 1994 dá início aos surtos de cólera no litoral sul. A ingestão de mariscos e pescados contaminados produz surtos familiares em São Vicente atingindo posteriormente Santos, Praia Grande, Cubatão e Guarujá. Em seis meses são investigados 3.600 suspeitos confirmando-se, laboratorialmente, 70 casos. Os casos ocorrem em áreas de extrema pobreza e sem as mínimas condições de saneamento (CVE, 1994).

O sarampo, doença com uma das maiores taxas de infectividade e patogenicidade conhecidas, apresentava, em São Paulo, aumento cíclico a cada dois ou quatro anos a despeito da vacinação de rotina realizada em menores de um ano e reforçada aos 15 meses. Em 1987 a Secretaria de Estado da Saúde optou por realizar campanha de vacinação indiscriminada para crianças de 9 meses a 14 anos de idade. Inquérito sorológico subseqüente mostrou que havia apenas 3% de suscetíveis entre a população de 1 a 14 anos. Em 1992 nova campanha foi realizada entre as crianças de 1 a 10 anos de idade, utilizando a vacina tríplice viral. O impacto dessas medidas foi imediatamente sentido com o desaparecimento dos óbitos por sarampo e a intensa redução no número de casos. Entretanto, na década de 1990, as coberturas vacinais contra sarampo estiveram sempre abaixo de 90% propiciando o acúmulo de quantidade importante de suscetíveis. Em 1996, após 10 anos com baixas incidências, surge uma grande epidemia com registro de 57.659 casos suspeitos dos quais 21 mil foram confirmados laboratorialmente. As áreas mais atingidas foram a região metropolitana, Campinas e Ribeirão Preto. Cerca de 47% dos casos acometeram indivíduos de 20 a 29 anos embora o maior risco fosse verificado entre os menores de 5 anos (CVE, 1997).

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