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Droga adulterada eleva os riscos do consumo
Editorial / 10/10/2019 - 06h00
Não bastassem os inúmeros danos comprovados à saúde em razão do consumo de drogas proibidas, a adulteração de substâncias, feita por produtores e traficantes, aumenta ainda mais os riscos aos usuários, conforme reportagem desta edição.
Uma visita à Seção Técnica de Física e Química Legal do Instituto de Criminalística da Polícia Civil (PC) de Minas Gerais, relatada na matéria, mostra que, entre os principais tipos de entorpecentes apreendidos no Estado, é cada vez mais comum encontrar misturas que ampliam o potencial tóxico e destrutivo dos produtos.
A maconha, por exemplo, mesmo que possa ser tida como menos nociva do que as chamadas drogas sintéticas, costuma ser encontrada com a presença de fungos e agrotóxicos.
Já no popular ecstasy, consumido sobretudo por jovens e cujas apreensões por autoridades de segurança não param de crescer em Minas, são identificados componentes como lactose, celulose, estearato de magnésio, cafeína e até sildenafil – princípio ativo dos comprimidos de Viagra, usados para prolongar a ereção.
Segundo especialistas, dependendo da quantidade dessa última substância, a ingestão do ecstasy pode acarretar a necrose do pênis e até a amputação do membro.
As adulterações também comprometem outras substâncias ilegais, como a cocaína, que muitas vezes vem “batizada” com vermífugos, analgésicos de uso proibido no Brasil, farinha e pó de mármore, entre outros produtos.
No caso do LSD, embora não tenham sido detectadas misturas em amostras colhidas em território mineiro, o alucinógeno que dá nome à droga (ácido lisérgico) tem sido substituído por similares ainda mais perigosos, que podem levar a convulsões e à morte.
O recado a partir da análise laboratorial de tais entorpecentes é claro: se, mesmo “puros”, eles podem trazer enormes malefícios a quem os utiliza, na forma como têm sido comercializados, ultimamente, em cidades como Belo Horizonte – onde 15% da população já experimentou alguma dessas substâncias –, as ameaças ganham proporções bem mais severas.
Ou seja: além da overdose provocada pela ingestão exagerada, que costuma ceifar vidas, graves intoxicações e até o envenenamento são uma dura realidade a ser encarada por quem se aventura a consumir drogas.
Alguém poderia por favor destacar a apresentação,tese,argumentos e conclusão pfv?estou ocupada agr
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