Português, perguntado por pfofa103, 6 meses atrás

Presiso de um texto com esse tema!

desigualdade no acesso aos serviços de saúde.​

Soluções para a tarefa

Respondido por BHopVini
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Resposta:

A desigualdade social é um fator debilitante em qualquer comunidade. E, assim como afeta o padrão de vida das pessoas e a atenção dedicada aos cuidados mais básicos dos indivíduos, ocorre uma disparidade na saúde que não pode ser ignorada.

O acesso à saúde é um problema que afeta não apenas os países em desenvolvimento, mas nações tidas como superpotências. É o caso dos EUA, que já vem relatando estudos cujos prejuízos são calculados aos montes em decorrência da desigualdade social.

Em 2011, um estudo foi conduzido e mostrou que os custos no setor teriam uma economia anual de US$ 15,6 bilhões se não houvesse essa disparidade na saúde. Isso ocorreu por conta da análise de que certas doenças (como diabetes, hipertensão, derrame, entre outras) não afetariam as camadas mais carentes da sociedade se elas tivessem o mesmo acesso à saúde do que os cidadãos com mais poder aquisitivo.

No Brasil não é diferente. O baixo investimento — apenas 10,7% do orçamento total dos governos — no setor é um grande contraste com a necessidade de uso do sistema público de saúde do país, o SUS.

Explicação:

OBS:DA UMA RESUMIDINHA...


pfofa103: obrigado
Respondido por geovanabehling
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Resposta:

A sociedade humana, composta pelos mais de sete bilhões de indivíduos que habitam o planeta, apresenta claras clivagens em uma série de importantes aspectos. Espacialmente, está distribuída em continentes e nações com diferentes características demográficas e geográficas. Observam-se diferenças nos níveis de desenvolvimento e de riqueza, além de outras, fenotípicas e culturais, que formarão um conjunto diversificado de etnias. Muitas destas clivagens são frutos de processos adaptativos, geográficos e climáticos, algumas de fenômenos eventuais e outras de processos históricos, sociais, econômicos e culturais complexos. Algumas delas, que poderiam ser apenas diferenças (p.ex homens e mulheres), transformam-se em desigualdades e, com muita frequência, em iniquidades, na medida em que por relações essencialmente de poder, o acesso e a posse aos bens, serviços e riqueza, fruto do trabalho coletivo e acumulado através de gerações, são desigualmente distribuídos1

Estas desigualdades, com frequência, transferem-se para o campo da saúde, tornando-se visíveis seja nas desiguais condições de saúde dos diferentes grupos, seja nos níveis de riscos à saúde, seja no acesso diferenciado aos recursos disponíveis no sistema de saúde. Não por acaso, grande parte das desigualdades observadas no campo da saúde está diretamente relacionada com as observadas em outros planos da vida social3-5. As desigualdades na saúde geram desiguais possibilidades de usufruir dos avanços científicos e tecnológicos ocorridos nesta área, bem como diferentes chances de exposição aos fatores que determinam a saúde e a doença e por fim as diferentes chances de adoecimento e morte. Da mesma forma que as desigualdades sociais, as da em saúde têm persistido em todos os países independente do grau de desenvolvimento alcançado3,4.

No atual contexto internacional, com os estados nacionais envolvidos no processo de globalização econômica, as discussões sobre as desigualdades distinguem aquelas dentro de uma mesma nação daquelas entre as nações. As desigualdades entre os países estão relacionadas com as diferenças no desenvolvimento econômico e social alcançados, geradas pela posição que essas nações vêm ocupando em diferentes fases da história no sistema produtivo global. Reflexos da história e do ambiente econômico e político internacional na partilha, de cada país, nos recursos globais e nas possibilidades de desenvolvimento6.

As desigualdades dentro de um país são referentes à distribuição das riquezas acumuladas por uma sociedade e, em particular, de como ela se organiza e das relações sociais e de poder estabelecidas entre seus diversos estratos. Define-se pela história e os modelos políticos adotados e como o Estado tem redistribuído as riquezas nacionais por meio de sistemas fiscais e de transferência que permitiram gerar distanciamentos distributivos maiores ou menores entre os grupos sociais existentes. Elementos culturais também são importantes para amplificar e consolidar algumas das desigualdades existentes7.

Mais recentemente, foi adicionado o conceito de desigualdade global (global inequality), o qual envolve os efeitos conjuntos destes dois tipos de desigualdades8. A desigualdade global é resultante das existentes entre e dentro dos países e, portanto, é definida pela interação dos determinantes de cada uma delas. A disponibilidade de dados internacionais tem permitido realizações de estudos empíricos sobre a questão da desigualdade global. Por exemplo, o Índice de Gini, uma das medidas mais frequentemente usadas para medir a desigualdade social em um país, quando calculado globalmente alcança níveis ainda mais altos do que aqueles de nações com os mais altos níveis. Em período recente, os índices de Gini de países com mais altos níveis de desigualdades têm ficado em torno de 0.60 (1 = máxima desigualdade e 0 = igualdade total), enquanto o global aproxima-se de 0.70. O índice de Gini global captura os extremos dos estratos mais pobres dos países mais pobres e dos estratos mais ricos dos países ricos, o que se traduz em nível de desigualdade maior, do que quando medido em cada país separadamente.

O objetivo deste artigo é de apresentar as desigualdades em saúde como um problema global que aflige as populações dos países pobres, mas também aquela dos países ricos, locais em que sua persistência demonstra as raízes históricas e estruturais deste problema. Apesar de relacionado diferencia-se da discussão sobre a pobreza e a saúde. Certamente um dos mais relevantes problemas no campo da saúde das populações e desafiante por todos que buscam elaborar soluções.


pfofa103: obrigado
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