preconceito aos quilombos
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Resposta:
A linha de estudo escolhida por Dóris Cristina Gedrat, docente e pesquisadora do curso de Letras e do mestrado em Promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade (PPGProSaúde) da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), trata do desenvolvimento humano e a busca por melhor qualidade de vida, principalmente em grupos mais vulneráveis, como os remanescentes de quilombos.
Lidando com o Preconceito Racial em uma Comunidade Quilombola é o nome do estudo que vem sendo realizado no ano de 2018 junto aos moradores do território batizado como Areal da Baronesa, localizado em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, com o objeto de trabalhar a percepção de discriminação racial entre as pessoas que lá residem.
"No local entrevistamos alguns residentes, principalmente líderes, divididos em grupos de idosos, adultos e adolescentes. Esta atividade nos trouxe um resultado bastante interessante, que, averiguando na bibliografia da área, inclusive em pesquisas internacionais, pude confirmar alguns dados", explica a docente.
A análise obtida mostra que as pessoas com maior faixa etária hesitam muito em reconhecer que sofrem preconceito racial. "Para eles, inclusive, atitudes de pessoas que os tratam com menos consideração tendem a ser explicadas de outra forma, há uma resistência em dizer que é por ser negro. Talvez, esta consciência não tenha sido desenvolvida nestes indivíduos desde cedo, situação que também se percebe com os adultos. Entre os jovens, o quadro é totalmente o contrário, quando se é feito este questionamento brotam histórias e exemplos de sua vida cotidiana", acrescenta Dóris sobre as conclusões parciais da pesquisa.
Para a comunidade amostrada, o projeto possibilita tornar conhecida a realidade das pessoas negras residentes nesses núcleos, ganhando voz para falar e divulgar, não apenas seu modo de vida e realidade, mas a forma como percebem as questões sociais que os afetam diretamente.
Como é ser negro e residente de comunidade quilombola? Você já sofreu preconceito racial? São as duas perguntas que norteiam este trabalho, onde são relatados inclusive casos de discriminação em sala de aula. As interpretações observadas destacam que pessoas com maior estudo possuem condições de perceber o que acontece ao seu redor, observando as situações de forma mais clara.
Ao professor do PPGProSaúde, Claudio Schubert, coube a missão de, através da oratória, ajudar jovens e adolescentes quilombolas na perspectiva de fazê-los buscar por sua emancipação. "Esta comunidade vive dois preconceitos específicos, o primeiro deles racial e o segundo pelo lugar onde vivem. Nosso grande desafio foi mostrar para estes jovens que eles têm condições como qualquer outra pessoa de dar os seus passos e fazer a própria caminhada como bem entenderem", relatou o educador.
Schubert conclui que, pelo período amostrado, já é possível perceber que hoje a comunidade se posiciona, não aceitando argumentos contrários às suas vontades, tendo condições de debater. "Quem tem voz e se manifesta é um sujeito que já se emancipou e está no processo. Quando o sujeito cala, consente, silencia, o que vale para negros, cristãos, mulheres e todas as classes sociais, é porque, quando o sujeito não tem voz e não reage, ele não conquistou sua emancipação."
Para o pesquisador, de acordo com a perspectiva da comunicação, é possível trabalhar o empoderamento, conscientizando o indivíduo de que ele é tão igual como qualquer outra pessoa, incentivando-o a fazer uso da voz e não silenciar mais, o que resultará em uma nova fase para a humanidade.
Segundo Gehysa Guimarães Alves, coordenadora do PPGProSaúde, a escolha do tema foi definida através de uma demanda trazida em 2015 pelos moradores da comunidade quilombola, sobre o tipo de trabalho que eles gostariam que fosse realizado no local: "uma das primeiras solicitações do grupo é que fosse construída uma roda de conversa com pessoas a partir dos 60 anos. A ação teve início no mesmo ano, mesclando o diálogo sobre temas do dia a dia com músicas de viola, conduzidas por um dos nossos professores", relembra a docente.
Os momentos de convivência abriram espaço para que as mulheres que participavam manifestassem seu desejo de compartilhar com as adolescentes da comunidade receitas da culinária quilombola, ação que encerrou o ano de atividades com a degustação de pratos e formatura das jovens durante os encontros.
Explicação:
A eterna briga com a balança é algo rotineiro na vida de muitas mulheres em todo o Brasil e no mundo. Porém, o preconceito, às vezes, acaba sendo o fator mais impactante para que muitas recorram a cirurgias para chegar ao peso ideal. A comunicóloga de Praia Grande, no litoral de São Paulo, Manuella Tavares, realizou uma redução de estômago e perdeu 37 kg, após ter sido rejeitada para uma vaga de emprego por conta de seu peso.
Esse foi um dos momentos mais difíceis pelo qual a jovem de 24 anos já passou. Ela teve a vaga negada por uma academia após ter sido aprovada em todas as provas escritas. "Eu era mais nova e o rapaz que fez a entrevista me rejeitou para a vaga de emprego por causa do meu peso