Preciso por favor de um artigo de opinião sobre o seguinte assunto: a busca pela fama/fama pode ser um problema?
Soluções para a tarefa
A influência dos programas de TV começa desde cedo, na infância, sequer espera, não se restringe à adolescência. Não é de se espantar que sejam realizadas inúmeras pesquisas por grupos de estudo, instituições internacionais, pela Igreja e missionários que tentam desvendar qual a influência dos programas televisivos no comportamento dos jovens, defendendo teses de que a TV passa uma mensagem oculta de incentivo ao sexo, violência, homossexualismo e, até mesmo, para os mais radicais, apologia ao “satanás”. Neste sentido, em outubro de 1998, a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou uma pesquisa sobre os desenhos animados transmitidos pela televisão brasileira com o objetivo de medir a quantidade de violência passada para as crianças. O resultado foi assombroso, pois de acordo com a pesquisa, uma criança brasileira que assista a duas horas diárias de desenho animado estará exposta a 40 cenas de violência explícita, já em um mês, seriam 1.200 cenas e, num ano, pasmem, seriam 14.400 cenas de pura violência sendo produzidas dentro da própria sala de estar das nossas casas.Dentro deste cenário o que mais nos tem estarrecido ao analisarmos o comportamento do jovem, não é apenas a influência direta da mídia no comportamento violento dos adolescentes ou a atividade sexual precoce, que começa desde a infância como acima exposto, mas sim a incansável busca por um lugar no mundo dos famosos, como se este fosse o passo final para a felicidade. Esta é a mensagem endereçada[i] aos jovens atualmente, prova de que a presença da TV nas casas e nas escolas não é mais com fins informativos, mas sim posta-se como fato social permanente e irreversível, sendo bem interpretada por Rosa Maria Bueno Fischer (2001, p.28), da seguinte maneira:“‘Imagem é tudo!’ – esse é o conselho que ouvimos todos os dias: é preciso não apenas ser, mas ‘parecer ser’; e se não pudermos ser, que nos esforcemos para parecer, e isto até pode bastar, porque cultivar a imagem (de si mesmo, de um produto, de uma idéia) mostra-se como algo tremendamente produtivo. Basta lembrar como ocorrem as campanhas políticas ou as performances públicas dos governantes, especialmente como um país como os Estados Unidos da América.”A comunicação audiovisual não é mais um simples mecanismo informativo, não é mais um simples meio de comunicação onde se mostra o que aconteceu, mas sim é uma “instância da cultura que deseja oferecer muito mais que informação, lazer e entretenimento” (Rosa M. B. Fischer; 2001-p.18), mostra-se como instrumento de comunicação que está acima do bem e do mal, como se fosse imune a críticas. Este poder de fazer a verdade, onde se explora a desgraça de miseráveis que acreditam que a única verdade dos fatos e o único lugar onde a justiça pode ser feita estão em programas como Linha Direta (Rede Globo) ou Cidade Alerta (Rede Bandeirantes), lugares onde os apresentadores são os verdadeiros “justiceiros”, onde a incoerência e inconsistência das colocações são interpretadas como soluções dos problemas. Esta estratégia da TV de se mostrar inquestionável é extremamente eficaz, resulta numa falsa opinião pública, que na verdade acaba expressando um desejo, não mais da sociedade, mas sim do poder concentrado da mídia.
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