História, perguntado por laisabasso112, 4 meses atrás

preciso fazer uma história do café,de três folhas frente e verso​

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Respondido por ronadbiller
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Resposta:

Explicação:

Você já deve ter percebido que o consumo de café é muito difundido no Brasil. Não é por acaso que nos referimos ao café da manhã ou ao café da tarde. Mas você já se perguntou alguma vez como foi a origem do consumo e da produção de café no Brasil?

A origem do café no Brasil encontra-se no século XVIII. As primeiras mudas de café foram plantadas ainda pelos idos de 1720, na província do Pará. A pessoa que teria trazido as primeiras sementes do café para o Brasil foi Francisco de Melo Palheta, após viagem à Guiana Francesa.

O café já era consumido desde a Antiguidade, quando os habitantes da Etiópia, na África, passaram a conhecer a planta. Depois disso, persas e árabes entraram em contato com esse hábito de consumo, passando o café a ser cultivado em várias partes do mundo. Alguns setores da sociedade europeia possivelmente passaram a beber café depois do século XVII, hábito que se expandiu rapidamente pelo continente.

Esse aumento do consumo do café na Europa e depois nos EUA explica até certo ponto o crescimento da produção do café no Brasil a partir do início do século XIX. As primeiras grandes lavouras de café surgiram na Baixada Fluminense e no Vale do rio Paraíba, nas províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo.

O solo e o clima da região favoreceram a produção do café, que se destinava a atender ao mercado consumidor da Europa e dos EUA. Os africanos escravizados formaram a força de trabalho para laborarem no cultivo, colheita e beneficiamento do café. O transporte para o porto do Rio de Janeiro, de onde inicialmente era exportado, era feito no lombo das mulas.

A partir de 1837, o café tornou-se o principal produto de exportação do Brasil Império. Os grandes lucros decorrentes da exportação do café enriqueceram os grandes fazendeiros, os chamados “Barões do café”, e sustentaram financeiramente o Império brasileiro.

Um processo de modernização da sociedade também foi possível graças aos lucros conseguidos com a exportação do produto. Ferrovias foram construídas para transportar de forma mais rápida o café das fazendas para os portos, principalmente o Porto de Santos, em São Paulo.

Com as rendas do café, foi possível também urbanizar a cidade do Rio de Janeiro e São Paulo, bem como algumas cidades do interior paulista, como Campinas. O interior da província de São Paulo, na área conhecida à época como “Oeste Paulista”, foi o local de expansão da produção cafeeira após a decadência das lavouras do Vale do Paraíba. A existência da chamada “terra roxa”, muito fértil, garantiu o aumento da produção nessa região.

A produção do café dependeu intensamente da força de trabalho escravo. O tráfico de escravos entre a África e o Brasil intensificou-se, apesar das ações da Inglaterra para impedi-lo. Por outro lado, as rendas provenientes da produção e comercialização do café permitiram uma diversificação da economia urbana no Rio de Janeiro e São Paulo, surgindo novos grupos sociais, como operários e a chamada classe média.

O café foi a principal mercadoria da economia brasileira até a primeira metade do século XX, quando a intensificação da industrialização desbancou-o enquanto força econômica principal.

História do café

O início da história do grão não é preciso, mas há uma lenda sobre um pastor da Abissínia, atual Etiópia, que, por volta do ano 800, notou que suas cabras ficavam dispostas e saltitantes ao ingerir frutos amarelos avermelhados. Depois de mastigar o alimento, os animais ficavam cheios de energia e caminhavam quilômetros e mais quilômetros por terrenos íngremes.

O pastor relatou o fato a um monge, que resolveu experimentar a infusão dos frutos e constatou que a bebida ajudava a ficar desperto para as orações e longas horas de estudo. A notícia se espalhou e gerou uma demanda pelo produto. Evidências mostram que o café foi cultivado pela primeira vez nos monastérios islâmicos do Iémen.

Por conta da religião islâmica, que não permite a ingestão de bebidas alcoólicas, o café logo se disseminou pelos cultos religiosos da região da Arábia, de onde veio o nome café, qahwa, em árabe, que significa vinho. O fruto foi torrado pela primeira vez na Pérsia. Os árabes mantiveram o monopólio do produto até o século XVI. Mas, a partir de 1615, o grão passou a ser saboreado no continente europeu levado por viajantes depois de suas incursões ao Oriente.

A chegada do café ao Brasil é atribuída ao sargento-mor, Franciso de Mello Palheta. Em 1727, ele teria recebido a incumbência do governador do Maranhão e Grão Pará de visitar a Guiana Francesa e conseguir uma muda do fruto, que se tornara um produto de alto valor comercial na época. Para conseguir êxito, o oficial conquistou a confiança da esposa do governador da capital da Guiana Francesa. No fim da viagem, a primeira dama lhe ofereceu uma muda de café arábica, que ele trouxe para Belém do Pará escondida na bagagem.

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