Português, perguntado por HeyPaulo, 1 ano atrás

Preciso fazer um trabalho de português urgente com o tema: Evolução dos valores nas décadas até hoje, mas não consigo achar nada relacionado ao tema se puderem ajudar qualquer coisa é útil

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Respondido por mdcdct
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Falar de valores humanos significa, sobretudo, destacar do homem, a capacidade de produtor da realidade construída a partir de uma consciência do que valoriza e transmite, realiza e transforma.   Pela sua especial inteligência em relação aos animais, a sua mente ocupou-se também na construção de princípios que lhe permitissem estabelecer uma distinção entre o bem do mal até mesmo como forma de estabelecer um caminho para a busca do seu ideal de realização da felicidade.   (Bastos, C. R. & MARTINS, I. G., 1988:12-15).

Nossos valores mudam com tempo e no espaço, de conformidade com a constituição cultural. Os valores têm apresentado uma forma de manifestação bipolar e, assim, comportam necessariamente, na percepção de cada sociedade, componentes positivos e negativos: éticos / antiéticos, justos / injustos, honestos / desonestos.

Disso decorre a relevância dos valores no ordenamento social, pois é através de sua consideração mais profunda que se torna possível uma compreensão de como o Estado se organiza, ao adotar, de acordo as tradições, a forma de governo e de estado, bem como o sistema de governo e regime de governo, até se consubstancializar como Estado Democrático e de Direito.

É pacífico, portanto, admitir que os valores humanos são tão antigos quanto a própria espécie humana, até mesmo porque assim o demonstram os achados pré-históricos dos diversos grupos humanos na face da terra. O de ganho  espaço na emergência da sistematização do conhecimento humano ancorado na gênese da Filosofia, a mesma que logo se foi tornando na árvore genitora de todas as ciências modernas.

Os valores inerentes ao homem, indagações tais como: O que é a vida? O que é o Ser? Que é a verdade? O que é justiça? O que é ser honesto?... Eram indagações de abrangência estelar, e, apesar dos mais de dois mil anos de sua formulação literal, até o presente momento o homem não conseguiu esgotar a abrangência e profundidade do seu significado cosmológico, por envolverem dimensões axiológica e epistemológica de profundidade e abrangência teórica em constante superação, que estão muito além da percepção de indivíduo para indivíduo, de povo a povo, de país para país, evolvendo uma diversidade de ingredientes sociais que constituem a cultura...O homem, como o único ser vivente na terra capaz de emitir juízo de valor, valora as coisas que lhe rodeiam. Naturalmente que a capacidade intelectual ou evolutiva do Homo Sapiens lhe facilitará ser mais agudo na percepção, incorporação e geração de novos valores em harmonia com o contexto social no qual se encontra imerso. É isso que lhe possibilita elaborar uma hierarquia de valores que o leva, na sua percepção como ente social, a sacrificar algum “bem” em benefício do bem maior dentro do contexto social.  Mas é justamente a escolha ou não escolha que vai diferenciar, nessa sociedade, um indivíduo do outro e possibilitar também a compreensão dos diferentes grupos sociais.

Destarte, os valores constituem um fenômeno complexo e multifacetado que guarda intrinsecamente todas as esferas da vida humana vinculada ao seu mundo social e histórico, à subjetividade das pessoas e ao inter-relacionamento institucional, em que a família se constitui no ambiente primeiro onde os valores têm seu principal apoio (Corzo, J. R. F: 2001).

Há consenso no cidadão comum de que os valores estão se degradando e/ou se modificando pela emergência de novos valores. Essa instabilidade ou mesmo perda de referencial pode se definir como uma “crise de valores”, onde se observa uma descrença e, consequentemente, um abandono dos valores humanos considerados até então como os mais nobres do ponto de vista social. 

Hoje em dia a degradação dos valores é tão sensível e de consequências tão graves que o até o bem mais nobre do ser humano, qual seja a “vida”, está sendo banalizado.

Estamos em plena era Pós-moderna, e esta transição está representando uma mudança sensível na interpretação e prática dos valores (Corzo, J. R. F: 2001). É pacifico, portanto, sentir e experimentar a quebra dos valores, crises valorativas que atingem principalmente a família, seja como valor, seja como a organização mais antiga da humanidade e fonte primária da gênese do Estado.

 

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