Português, perguntado por emilesantana18, 1 ano atrás

Preciso do texto Segura a onça que eu sou caçador de preá reescrito em 1° pessoa

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Respondido por polakogamesbr
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Não passava de um modesto caçador de preá. Eu era Bentinho Alves, dos Alves de Arió do Pará. Em dia de semana gastava os olhos no pilulador da Farmácia Brito. Em tempo de feriado consumia as vistas no rasto dos preás. Até que resolvi caçar bicho de maior escama. Comigo agora é na onça! Ou mais que onça! Na tal da pantera negra.Foi quando dei em Arió do Pará um doutor de erva aparelhado para fazer os maiores serviços de mato adentro. Mediante uns trocados, o curandeiro botava macaco para desgostar de banana e tamanduá correr com perna de coelho. Eu, exagerado, mandei que o especial em erva preparasse simpatia capaz de fazer morrer na pólvora da minha espingarda as caças mais grossas, coisa assim no montante de uma capivara de banhado ou uma onça das mais pintadas. E no ardume do entusiasmo, falei:- Ou mais! É aparecer e morrer.O curandeiro tirou uma baforada do covil dos peitos e me mandou que largasse no rodapé do arvoredo mais galhoso uma figa de guiné de sociedade com fumo de rolo e pó de unha de tatu. Eu não fiz outra coisa. E montado nessa simpatia, uma quinzena adiante, eu, o aprendiz de botica entrava no mato. E bem não tinha dado meia dúzia de passos já o trabalho do curandeiro fazia efeito na forma de uma onçona de três metros de barriga por quatro de raiva. Diante daquela montanha de carne e pêlo, larguei a espingarda para subir de lagartixa pelo primeiro pé de pau que encontrei na alça de mira. E enquanto subia falava para para mim mesmo: - Curandeiro exagerado! Isso não é onça para aprendiz de farmácia. Isso é onça para doutor formado. Ou mais!E voltei para minha caça miúda de preá.
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