Português, perguntado por daianasilva20, 10 meses atrás

preciso de uma redaçao sobre a "VIOLENCIA ESCOLAR E AS CAUSAS"

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Violência nas escolas: causas e consequências

Alunos desmotivados pelas perspetivas de desemprego. Visão negativa da escola. Responsabilidade social, punições individuais. Professores crispados pelas políticas educativas. São estas as principais causas da indisciplina e da violência nas escolas.

Andreia Lobo

16-04-2008

   

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"Há um contexto favorável à ocorrência de rebeliões", diz Manuel Matos, investigador e docente na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, da Universidade do Porto. A violência na escola é um assunto "velho" com uma nova visibilidade.

"Boa parte dos alunos problemáticos não esperam nada da escola, estão lá apenas porque não têm outras alternativas e são forçados a isso", reflete Manuel Matos. "A família obriga e o Estado não apresenta alternativa em termos de programas de trabalho."

Para o investigador, os fenómenos de indisciplina ou violência são gerados coletivamente. A turma constitui um coletivo. E portanto, "é difícil identificar quem é o responsável". Embora o ato de indisciplina apareça encabeçado, "o protagonista não é necessariamente o principal responsável pela cena, porque a responsabilidade gera-se num contexto coletivo", alerta Manuel Matos.

Responsabilidade coletiva, sanções individuais?

Mas se a responsabilidade é coletiva, a sanção é normalmente individual. "Quando a opinião pública, os jornais e as autoridades responsáveis exigem a punição, evidentemente que o fazem em nome da exemplaridade do castigo, portanto, isso aponta para o ‘bode expiatório'", afirma o investigador. Resumindo: alguém tem de ser responsável porque não se pode punir a turma inteira.

"Há um conflito entre a pedagogia e a lei." A escola deveria reger-se por princípios pedagógicos e não jurídicos, diz Manuel Matos, no entanto "as autoridades tendem a socorrer-se de mecanismos jurídicos porque supõem que na origem destes incidentes estão fenómenos sociais e não pedagógicos".

Ao mesmo tempo, critica o investigador, e "hipocritamente" recusa-se a responsabilidade social por este cenário e apontam-se os sujeitos individuais ou a sua família. "É um problema de difícil solução porque a causalidade está num contexto que vai para além da responsabilidade individual", conclui o investigador.

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