Preciso de uma redação do livro dom quixote no brasil ( bem feita e urgente)
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CURSO DE REDAÇÃO PARA VESTIBULAR
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Dom Quixote de la Mancha: Utopia e Realidade
Dom Quixote de la Mancha: Utopia e Realidade
Por Rafael Ruiz
A questão fundamental que se coloca quando nos encontramos frente a frente com a figura de D. Quixote é se estamos diante de um homem sensato ou de um louco. Da nossa resposta dependerá todo o relacionamento que, a partir de então, teremos com a imortal obra de Cervantes.
Cervantes dará sua resposta ao longo de duas partes, a primeira com 52 capítulos e a segunda, com 74. Entre uma e outra, o próprio autor se encarrega de avisar que já anda correndo “pelo orbe” uma Parte II que não foi escrita por ele. De fato, há muitas formas de ler o Quixote (1)...
Logo no Capítulo I ficamos sabendo o que aconteceu com o famoso fidalgo que “afinal, rematado já de todo juízo, deu no mais estranho pensamento em que nunca jamais caiu louco algum do mundo, e foi: parecer-lhe conveniente e necessário, assim para aumento de sua honra própria, como para proveito da república, fazer-se cavaleiro andante, e ir-se por todo o mundo, com as suas armas e cavalo, à cata de aventuras(...) desfazendo todo o gênero de agravos, e pondo-se em ocasiões e perigos, donde, levando-os a cabo, cobrasse perpétuo nome e fama” (pág. 30).
Daí, e do que já conhecemos do Quixote, sem precisar sequer dar-nos ao trabalho de lê-lo, podemos concluir que possivelmente se trata de um louco, manso, mas louco. Porém, procuremos analisar essa conclusão com algo mais de vagar. Há muitas formas de se encarar a vida e a realidade. Há aqueles que olham para a vida e não vêem nada além do que seus olhos retêm. Homens como os descritos por Dickens em Tempos Difíceis, que não querem decorar a casa com um papel de parede com desenhos floridos pura e simplesmente porque nunca ninguém viu flores nas paredes. Nada mais lógico: as flores encontram-se no campo ou nos vasos, mas nunca num papel de parede.
Homens assim estão feitos para serem práticos, pragmáticos. Sua vida se resolve numa única pergunta: isso serve para o quê? Talvez o melhor representante desse tipo de pessoa seja a própria sobrinha de D. Quixote, Antonia Quijana, que no começo da Parte II (Capítulo VI) aconselha o tio para que se deixe de bobagens e tenha em conta a idade que tem e não caia no ridículo de andar por aí “endireitando a vida de todos”...
Para esses homens e mulheres, D. Quixote só pode ser um louco. Aliás, o próprio D. Quixote sabe muito bem disso e explica claramente que há duas formas de entender e duas formas de olh
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