Preciso de uma crônica sobre um dos temas:
➡️ Cachorros (estava como o exemplo uma reportagem sobre um cachorro que sabia se comunicar pelo Skype e era adestrado);
➡️ Pipas (contava a história de um homem que trabalha fazendo pipas e se aposentou).
Obs: Não precisa ser exatamente igual o exemplo,pode ser sobre brincadeiras de criança (para a crônica sobre pipas) e adestramento sobre cães (para a crônica do cachorro).
Soluções para a tarefa
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Crônica Cachorro: Não disseram o quanto é difícil ver seu cachorro chegar pequeno, crescer, envelhecer, adoecer repetidas vezes, fazer-se mais velho.
Quando Hanna chegou aqui eu tinha 12 anos de idade, e ela alguns dias. Já se passaram 14 anos desde aí e, fazendo porcamente as contas, sei que tenho mais tempo de vida com Hanna do que sem ela.
Ela chegou animada e bem louca feito todo filhote, com os pelos pretos e brancos e um pouco de marrom, criou hábitos estranhos de cachorra fêmea que mora sem outros cachorros, hábitos que incluem não gostar tanto de outros animais, se dar bem com a solidão, não gostar de ficar no colo, morder quem a acorda e quem pega sua comida. Nós somos muito parecidas, verdade.
É pesado ver que o tempo pro cachorro passa mais rápido, que logo ele jovem, depois adulto, logo ele é velho e logo passa por cirurgias e internações e vem pra casa de novo. Enquanto eu ainda estou aqui na adolescência, pensando em tatuagens e vivendo às custas da minha mãe.
Hanna aguenta o tranco porque é forte, é sem frescura, e brava em dois sentidos. Parece que todos os dias ela me diz que eu reclamo muito; quando olho pra ela lembro disso. Reclamo muito e tenho uma vida imensa e intensa. Ela tem vida mais curta e não tá nem aí; vive e dorme e come cenouras e toma água de coco em excesso. É feliz em excesso também; sempre foi.
Viver com cachorro, crescer com cachorro faz você alguém menos humano e mais canino; no caso, alguém muito melhor. Sempre tenho a sensação de que Hanna fica por aqui num modo de dizer à gente que amar é a melhor parte do dia e da vida, que vale mais o carinho do que qualquer raiva e qualquer dor que se sinta. É problemático cuidar de cada novo sintoma e se recuperar de cada novo susto, o desespero só acompanha. Mas a cada novo susto ruim, novo dia difícil, a gente chega, ela se chega bem perto, sorri com as
orelhas e abana o rabo como se fosse a mesma criança destruidora de sapatos de anos atrás. A companhia fica maior a cada tempo, numa gratidão bem sucedida dos dois lados. Parece que a gente diz com a presença um do outro, eu de cá e ela de lá, o quanto somos felizes simplesmente por estarmos juntas tanto tempo.
E assim a gente vai, numa tristeza remediada pela lealdade, remediada por uma relação sem igual, sem repetição no mundo nem na própria vida.
Crônica Pipa: Um homem sempre gostava de sair junto com seu filho para jogar bola. O homem tinha um carro e uma bola, a bola era novinha, o carro era velhinho, mas cada qual tinha sua utilidade. Um dia quando o homem trabalhava notou uma pipa que estava bem alta e coincidentemente parece que a pipa havia se soltado porque começou a cair repentinamente. A pipa realmente estava caindo e não era a do vovô. Por sorte a pipa caiu ali perto, como o homem era meio sovina, mão fechada, logo correu e pegou a pipa que estava novinha. No fim de semana a grande novidade era a pipa. Pai e filho foram até um grande campo aberto. Para surpresa dos dois a pipa levantou rapidamente. Em pouco tempo a pipa estava bem alta e bem pequena para eles, devido à altura. O menino perguntou:- E agora, o que a gente faz? O pai que mesmo sendo sovina tentou mostrar algo de bom para o menino:- E se a gente soltar ela? O menino achou engraçada aquela idéia e riu:- Tá bom. Desta maneira o menino soltou a linha da pipa e os dois ficaram olhando ela cair em algum lugar bem distante. Após isto os dois voltaram para o carro bem velhinho que sempre tinha uma bola de futebol quase novinha. O pai pensou que assim como ela foi útil para eles talvez fosse também útil para outras pessoas, vendo um presente caindo do céu. Mas também ele pode ter feito isto por preguiça de enrolar a linha toda.
Quando Hanna chegou aqui eu tinha 12 anos de idade, e ela alguns dias. Já se passaram 14 anos desde aí e, fazendo porcamente as contas, sei que tenho mais tempo de vida com Hanna do que sem ela.
Ela chegou animada e bem louca feito todo filhote, com os pelos pretos e brancos e um pouco de marrom, criou hábitos estranhos de cachorra fêmea que mora sem outros cachorros, hábitos que incluem não gostar tanto de outros animais, se dar bem com a solidão, não gostar de ficar no colo, morder quem a acorda e quem pega sua comida. Nós somos muito parecidas, verdade.
É pesado ver que o tempo pro cachorro passa mais rápido, que logo ele jovem, depois adulto, logo ele é velho e logo passa por cirurgias e internações e vem pra casa de novo. Enquanto eu ainda estou aqui na adolescência, pensando em tatuagens e vivendo às custas da minha mãe.
Hanna aguenta o tranco porque é forte, é sem frescura, e brava em dois sentidos. Parece que todos os dias ela me diz que eu reclamo muito; quando olho pra ela lembro disso. Reclamo muito e tenho uma vida imensa e intensa. Ela tem vida mais curta e não tá nem aí; vive e dorme e come cenouras e toma água de coco em excesso. É feliz em excesso também; sempre foi.
Viver com cachorro, crescer com cachorro faz você alguém menos humano e mais canino; no caso, alguém muito melhor. Sempre tenho a sensação de que Hanna fica por aqui num modo de dizer à gente que amar é a melhor parte do dia e da vida, que vale mais o carinho do que qualquer raiva e qualquer dor que se sinta. É problemático cuidar de cada novo sintoma e se recuperar de cada novo susto, o desespero só acompanha. Mas a cada novo susto ruim, novo dia difícil, a gente chega, ela se chega bem perto, sorri com as
orelhas e abana o rabo como se fosse a mesma criança destruidora de sapatos de anos atrás. A companhia fica maior a cada tempo, numa gratidão bem sucedida dos dois lados. Parece que a gente diz com a presença um do outro, eu de cá e ela de lá, o quanto somos felizes simplesmente por estarmos juntas tanto tempo.
E assim a gente vai, numa tristeza remediada pela lealdade, remediada por uma relação sem igual, sem repetição no mundo nem na própria vida.
Crônica Pipa: Um homem sempre gostava de sair junto com seu filho para jogar bola. O homem tinha um carro e uma bola, a bola era novinha, o carro era velhinho, mas cada qual tinha sua utilidade. Um dia quando o homem trabalhava notou uma pipa que estava bem alta e coincidentemente parece que a pipa havia se soltado porque começou a cair repentinamente. A pipa realmente estava caindo e não era a do vovô. Por sorte a pipa caiu ali perto, como o homem era meio sovina, mão fechada, logo correu e pegou a pipa que estava novinha. No fim de semana a grande novidade era a pipa. Pai e filho foram até um grande campo aberto. Para surpresa dos dois a pipa levantou rapidamente. Em pouco tempo a pipa estava bem alta e bem pequena para eles, devido à altura. O menino perguntou:- E agora, o que a gente faz? O pai que mesmo sendo sovina tentou mostrar algo de bom para o menino:- E se a gente soltar ela? O menino achou engraçada aquela idéia e riu:- Tá bom. Desta maneira o menino soltou a linha da pipa e os dois ficaram olhando ela cair em algum lugar bem distante. Após isto os dois voltaram para o carro bem velhinho que sempre tinha uma bola de futebol quase novinha. O pai pensou que assim como ela foi útil para eles talvez fosse também útil para outras pessoas, vendo um presente caindo do céu. Mas também ele pode ter feito isto por preguiça de enrolar a linha toda.
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