preciso de uma crônica sobre refugiados, até às 18:00!! obg
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Cara peguei uma crônica do autor : Campista Cabral ,é um pouca grande espero te ajudar!!.
Crônicas Cariocas
Crônicas
Os Refugiados e o Sonho
Campista Cabral
Escrito por: Campista Cabral
Quando penso nos milhares de refugiados chegando ao continente europeu, a imagem que me chega e que permanece por um tempo é a imagem do corpo de um menininho sendo carregado… Um menininho e vários sonhos. Um menininho e várias vidas…
Religião, guerra, desigualdade e um sem fim de problemas que levam milhares de pessoas a deixarem casas, identidade, cultura, verdades e amores. Milhares de pessoas deixam a vida para enfrentar o desafio de não saber o que será. Crianças choram. Mulheres apertam crianças contra o colo na intenção de protegê-las. Mas não sabem exatamente do que! Homens mais velhos têm o olhar perdido. Não sabem o que dizer no meio de tanto terror…
Guerras ensinam que a estupidez é o caminho curto para a barbárie. Conflitos ensinam que, encurralados e sem o básico, homens e mulheres se assemelham a animais amontoados. Todos querem a vida, mesmo que tenham de deixar a própria vida para trás. Parece contraditório, mas não é! É a vontade de respirar. É a vontade de seguir. É a vontade de levantar. É a vontade de dizer através do corpo que a palavra liberdade é mais que uma palavra. É sentido. É desejo. É liberdade!
Guerras ensinam tantas coisas. No entanto, seria melhor que não houvesse guerra. A Europa, hoje, paga a conta de outras guerras e do terrível processo colonial que tão desgraçadamente dividiu e divide a África. A conta, com certeza, é alta e amarga! Terroristas, hoje, destroem nações, matam inúmeras pessoas e afugentam outras tantas. Outra conta de outras guerras e outros tempos.
Mas.
A verdade é que a imagem daquele menininho é a imagem de um pai que perdeu tudo. É a imagem de uma Europa sem ação, desesperada com o futuro próximo. É a imagem da brutalidade de um mundo cada vez mais inóspito.
Se cada qual esquecesse a bandeira e pensasse no amor. Se cada qual pensasse no sorriso de um menininho que joga bola e pensa apenas no próximo gol. Se cada qual esperasse e silenciasse. Talvez, o conflito da discussão derradeira não viesse… E talvez o menininho poderia abraçar o seu pai e pensar num próximo jogo. O pai, por sua vez, poderia pensar que a palavra liberdade seria um novo tempo, com um novo trabalho…