Português, perguntado por larissaalyss, 6 meses atrás

Preciso de uma crônica simples de 20 linhas, por favor


pisicologaUwU: vou tentar
larissaalyss: Muito obrigada
pisicologaUwU: caramba faz tempo q n faço isso
pisicologaUwU: E, quanto às principais características das crônicas, elas devem ser curtas, com linguagem mais coloquial, sem “firulas” ou exageros, e falar sobre acontecimentos do cotidiano ou contemporâneos. Em geral, as crônicas não precisam ter personagens e, quando têm, são poucos.
pisicologaUwU: me fala do seu cotidiano
larissaalyss: Bom eu acordo, estudo, vou pra academia, trabalho com vendas em shopping e as vezes sou babá de uma criança e um bebê
larissaalyss: Precisa de algo mais específico?
pisicologaUwU: seria mais facil eu fazer uma critica construtiva do seu desempenho do q um humor com sua diaria e luta kskskasa
larissaalyss: Acho que tanto faz
larissaalyss: A professora não vai importância, eu espero

Soluções para a tarefa

Respondido por carolinasanttos449
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Resposta:

Antes mesmo de ter uma filha já morria de medo disso: algum dia ela vai perceber que eu não sei de nada. Sim, porque é pra isso, em grande parte, que se tem filhos, pra que alguém no mundo acredite, nem que seja por alguns anos, que você sabe alguma coisa. E é por isso, também, que se odeia tanto os adolescentes: não é porque eles acham que os pais são idiotas, mas porque eles perceberam que os pais são idiotas. No caso da minha filha, a queda do mito paterno aconteceu um pouco mais cedo do que eu imaginava, mais precisamente aos três dias de vida.

Minha filha não chorou quando nasceu. Só choramos nós, os pais, emocionados de ter uma filha que não chora. Nasceu sorrindo, vê se pode, dizíamos nós, chorando. Depois chorei outra vez quando ela mamou na mãe, e chorei de novo quando vi os avós vendo a neta, e sendo avós pela primeira vez. Acho que foi ali que ela começou a suspeitar: quem é esse cara chorando o tempo todo? Barbudo, trinta anos na cara, chorando desse jeito? Será que ele tem algum problema?

A epifania aconteceu mesmo quando a gente chegou em casa e, pela primeira vez, ela chorou. E a partir daí não parava de chorar. Mamava e chorava e mamava. No meio da madrugada, quando a mãe dela dormia um sono merecido, peguei minha filha no colo e fomos pra sala. Achei que fosse resolver no mano a mano.

Foi ali, só nós dois, no lusco-fusco, que ela percebeu tudo. Aos três dias de vida, vi no fundo dos seus olhos que ela tinha descoberto que o seu pai não fazia a menor ideia do que tava fazendo. E foi ali que ela começou a chorar de verdade.

Desculpa, cheguei a dizer, desculpa ter feito você nascer de um pai que não sabe de nada, tanta gente escolada por aí e você veio parar logo na casa desse marinheiro de primeira viagem, esse sujeito que tá chorando mais que você, desculpa, filha, desculpa. E ela chorou mais ainda ao ver sua suspeita confirmada.

Desde então assisti milhões de vídeos no YouTube sobre como fazer um bebê parar de chorar. Vira pro lado, shh, shh, oferece o mindinho, shh, shh, balança, suinga, shh, shh, faz charutinho, shh, shh. Passou, passou, passou. Até agora não encontrei nenhum vídeo sobre como fazer um pai parar de chorar.

Explicação:

Uma crônica é feita a partir de algo que aconteceu na realidade, só que você tem que aprimorar seu texto e torná lo interessante, através de mínimos detalhes fazendo com que o leitor imagine a cena,essa é uma dica

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