Preciso de uma conclusão sobre o aborto para um slide urgenteeeeeeee
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Resposta:
De acordo com os estudos e levantamentos, foi possível perceber com muita clareza que o aborto praticado de forma clandestina traz consequências de extrema gravidade, pois as técnicas utilizadas para praticá-lo trazem sequelas de caráter físico grave como: infecção, perfuração do útero causada por agulha ou sonda, obstrução das trompas, esterilidade, hemorragia, lesão na bexiga e intestino, além de muitos óbitos. O estado psicológico da mulher também é afetado, uma vez que ela se sente culpada pelo ato praticado.
No Brasil, o aborto é censurado pelos aspectos socioculturais, e principalmente por razões de valores religiosos, o que caracteriza um ponto difícil de enfrentar, pois se trata de arrimos extremantes consistentes, em virtude de discursos voltados para a espiritualidade, com enfoque “pecado”. Ademais, a igreja foi constituída por família tradicional “patriarcal” sem que a mulher pudesse dar sua contribuição e participar dos direitos inerentes a ela.
Não obstante, a evolução da história e a dos acontecimentos sociais, as instituições religiosas se comportam de maneira egoísta quanto ao nosso assunto, não permitindo uma observação objetiva e racional perante o novo conceito de sociedade.
O aborto é praticado tanto por mulheres pobres quanto por mulheres financeiramente privilegiadas, “brancas e negras, adolescentes e maduras”. Diante dessa realidade, é necessário diretrizes políticas e sociais que visem garantir a saúde, planejamento familiar, controle de natalidade, assistência às mulheres que praticaram o aborto em decorrência do fruto de violência, assim de feto anencéfalo ou de outra deformidade, projeto educacional para a conscientização, além da educação para que a mulher seja respeitada e tenha garantia de liberdade em poder dispor do seu próprio corpo.
O Estado, em decorrência de sua vaidade, procura sempre usar seus métodos de restrição de maneira ineficaz e até mesmo covarde, pois ao invés de utilizar meios que enfoquem a educação e prevenção, prefere promover a punição. Além de sua repulsa em relação à prevenção e educação, bem como não garantir de forma segura e humanizada os procedimentos de interrupção de gravidez, escolhe o protótipo de pessoas a serem submetidas à criminalização, conforme dito pelo conceituadíssimo ZAFFARONI, são pessoas “em situação de vulnerabilidade” que estão expostas a serem recrutadas ao sistema penal.
A Constituição Federal garante a igualdade entre as pessoas, mas a realidade nos mostra que as mulheres, ainda, não se encontram nesse patamar de igualdade. Infelizmente, a mulher é quem mais sofre perante as situações discriminatórias em decorrência de uma cultura de concepção machista, o que dificulta ainda mais levantar a bandeira pela descriminalização do aborto, haja vista que tal situação é encarada como liberdade da mulher em poder dispor do seu próprio corpo. Além do mais, por se tratar de um tipo penal imputado a elas, deduz-se que, para os homens, há um certo conforto, pois tal situação não os atinge.
O que se espera com este estudo é que as convicções religiosas adotadas hoje, e o aspecto legal vigente, não sejam suplantados diante das consequências graves que o aborto pode trazer. Trata-se de questões de justiça social, de vidas que estão sendo ceifadas, de filhos abandonados por falta de planejamento familiar. Trata-se de saúde pública que precisa de remédio urgente.
ESPERO TER AJUDADO! ♡