Filosofia, perguntado por pedrbelieneymar, 10 meses atrás

PRECISO DE UM TRABALHO SOBRE: DESENVOLVIMENTO DA RAZÃO E DA MORAL

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Respondido por senaeduardo17
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PIAGET E O DESENVOLVIMENTO MORAL NA CRIANÇA

Jean Piaget, a partir de observações minuciosas de seus próprios filhos e de várias outras crianças concluiu que estas, ao contrário do que se pensava na época, não pensam como os adultos: certas habilidades ainda não foram desenvolvidas.

Para ele, os valores morais são construídos a partir da interação do sujeito com os diversos ambientes sociais e será durante a convivência diária, principalmente com o adulto, que ela irá construir seus valores, princípios e normas morais. Assim sendo, podemos concluir que esse processo requer tempo.

Para que estas interações aconteçam, há a ocorrência de processos de organização interna e adaptação e essa ocorre na interação de processos denominados assimilação e acomodação.

Os esquemas de assimilação se modificam de acordo com os estágios de desenvolvimento do indivíduo e consistem na tentativa destes em solucionar situações a partir de suas estruturas cognitivas e conhecimentos anteriores. Ao entrar em contato com a novidade, retiram dele informações consideradas relevantes e, a partir daí, há uma modificação na estrutura mental antiga para dominar o novo objeto de conhecimento, gerando o que Piaget denomina acomodação.

Piaget, ainda, argumenta que o desenvolvimento da moral abrange três fases, denominadas:

- anomia (crianças até 5 anos): geralmente a moral não se coloca, com as normas de conduta sendo determinadas pelas necessidades básicas. Porém, quando as regras são obedecidas, são seguidas pelo hábito e não por uma consciência do que se é certo ou errado. Um bebê que chora até que seja alimentado é um exemplo dessa fase.

- heteronomia (crianças até 9, 10 anos de idade): O certo é o cumprimento da regra e qualquer interpretação diferente desta não corresponde a uma atitude correta. Um homem pobre que roubou um remédio da farmácia para salvar a vida de sua esposa está tão errado quanto um outro que assassinou a esposa, seguindo o raciocínio heteronômico.

- autonomia: legitimação das regras. O respeito a regras é gerado por meio de acordos mútuos. É a última fase do desenvolvimento da moral.

Tendo conhecimento que as crianças e adolescentes seguem fases mais ou menos parecidas quanto ao desenvolvimento moral, cabe ao educador compreender que há determinadas formas de lidar com diferentes situações e diferentes faixas etárias. Cabe a ele, ainda, conduzir a criança na transição anomia - heteronomia, encaminhando-se naturalmente para a sua própria autonomia moral e intelectual.

Platão: da educação como desenvolvimento da razão

A grande inovação educacional de Sócrates foi atribuir valor moral à atividade intelectual
direcionada refletidamente para a própria vida. Seu conceito de eudaimonia era tão diferente do ordinário que
falar a respeito dela, assumia, por vezes, um ar paradoxal, como em Apologia 30 b3. Para ele, a razão não é
uma ferramenta para alcançar objetivos considerados dignos independentemente; ao invés disso, a própria
racionalidade, expressa nas demonstrações das razões e no evitar das contradições, confere valor aos
objetivos e às opiniões. As pessoas são racionais, mas obviamente não o ser humano empírico. Mas a
instrução visa o homem ou a mulher empírica e emprega inevitavelmente meios psicológicos. Como, então, é
possível que o resultado da instrução deva emergir das profundezas de cada um individualmente e ser, não
obstante, válido para todos os indivíduos? No Simpósio, Platão dá a Aristófanes o movimento crucial. Cada
um de nós é somente metade da pessoa inteira e nós somos movidos por nosso desejo pelo que nos falta.
Neste contexto, reivindicar que a alma é imortal é, pelo menos, reivindicar que a alma tem uma dimensão
não-empírica, que seus objetos reais não são os objetos do desejo como tal, e que a vida sensorial de uma
pessoa não é a base verdadeira para a avaliação de sua eudaimonia. Entretanto, na alma que não está livre de
contradições não há vantagem alguma nas opiniões certas, mas irrefletidas. Há na vida do ingênuo apenas
uma insegurança que não é meramente pragmática. Mesmo que uma pessoa nunca hesite na vida, isto nada
mais é que sorte moral. Ainda se é culpado em nível de logos, é suscetível de culpa e punição, não pelo que
faz, mas pelo que poderia ter feito.
Palavras-chave: Platão, educação, razão

senaeduardo17: não
senaeduardo17: mais eu esditei e coloquei outro
senaeduardo17: espero que sirva
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