preciso de um texto narrativo sobre o tema "pandemia" o mais rápido possível !!! POR FAVOR ME AJUDEM !!!!!!!!!!!!!!
Soluções para a tarefa
Resposta:
A pandemia do coronavírus tem causado sofrimento social, nos termos de Kleinman, Das e Lock (1996), o qual resulta, somando ao adoecimento em si, das ações de poderes políticos, econômicos e institucionais sobre as pessoas e das respostas a problemas sociais vindo dos coletivos. Sob a categoria de sofrimentos social estão condições que abarcam campos distintos como saúde, bem estar, questões morais, legais e religiosas. Por sua vez, de acordo com esses autores, esses campos desestabilizam as categorias estabelecidas. Nesse sentido, o trauma, a dor e desordens que epidemias fazem crescer são condições de saúde e também são problemas políticos e culturais. No caso da pandemia do coranavírus, cabe analisarmos como os sujeitos e coletivos estão desenhando sua experiência de sofrimentos social, cabe refletirmos criticamente quando o sofrimento social se expande e pode vir de uma agenda de uma Estado ou estar em processos rotineiros de opressão ordinária, os quais arruinam conexões coletivas e intersubjetivas de experiências. O adoecimento é uma experiência contextual e relacional, as ciências socias advogam que não é possível isolá-lo como um estado biológico, mas requer uma análise que se enraiza na vida cotidiana, institucional e globalizada. Requer seguir as esteiras das narrativas produzidas por sujeitos e coletivos e fazer transparecer os processos racionais-técnicos e intervenções tecnológicas ou “tratamentos” que podem ser efetivos, mas também são respostas burocráticas para a violência social que podem intensificá-las. Nos termos desses autores, isso é causado pelo imprevisto efeito moral, econômico e de gênero de políticas e programas e ações que acabam por normalizar patologias sociais ou patologizar o psico-fisiológico do terror, o que no caso do Brasil, transparece no jogo político institucional que se instaura. Nos termos de Frankenberg (1993), a análise das narrativas dentro da complexidade de uma cultura ou uma organização social ajuda a revelar os processos em curso. Deve-se examinar as relações criadas entre linguagem e dor, imagem e sofrimento. A linguagem de desânimo, sofrimento, privação que não se parecem com as terminologias de politicas e programas acabam por melhor descrever o que está em jogo nas experiências humanas de catástrofes e de violência social estrutural e explicam melhor como o encontro de discursos globalizados e realidades sociais localizadas prolongam tragédias coletivas e individuais. Kleinman, Das e Lock (1996), afirmam que os comprometimentos a um tipo particular de modernidade (tecnológica, social e institucional) constroem dilemas morais e as práticas de ver a experiência social como “natural” e “normal” obscurece o “poder” na vida social. As narrativas poderão desvelar a permeabilidade entre bordas de moralidades locais, corporalidade afetadas e processos sociais mais amplos e evitar o perigo das separações artificiais e científicas. E trazer o vísivel do cotidiano que a espetacularização da mídia muitas vezes não é capaz de revelar. O foco nas narrativas vem do argumento de Byron (1994) que enfatiza o papel central da narrativa na constituição do adoecimento e sua experiência. Como as narrativas são culturalmente estruturadas, isso reflete ou dá forma a distintos modos da experiência vivida. Esse autor também relaciona história e experiência nas narrativas. Essas constroem eventos, fornecem para as experiências ou eventos seus sentidos, produzem o que entendemos como evento ou história da experiência. De acordo com esse autor, uma boa história relata eventos ou seleciona e organiza eventos em convenções sociais no que é significativo, assim é possível transitar do micro ao macro, da história local, cotidiana ao mundo globalizado. A narrativa é uma forma como a experiência é representada e recontada, os eventos têm uma forma coerente de ordem e significados. A narrativa descreve eventos de uma forma imitada e posicionada na perspectiva do presente e projeta nossas atividades e experiências no futuro, organizando nossos desejos e estratégias, direcionando para finais idealizados ou formas de experiências que nossas vidas ou experiências pretende preencher. A experiência vivida ou atividades sociais têm uma relação complexa com histórias que são recontadas. Para Byron (op. cit), significados são criados no adoecimento, como valores culturais e sociais, moldam a experiência do corpo e do adoecimento e situam o adoecimento em moralidades locais.
Objetivos e Metas
- analisar as narrativas produzidas por sujeitos e coletivos indígenas, quilombolas e pessoas/coletivos que vivem nas periferias das grandes cidades sobre como estão vivenciando a pandemia do coronavírus;
- analisar os contextos de produção de políticas públicas desses sujeitos/coletivos;
- analisar as informações que são produzidas nas mídias a partir de veículos de comunicação, lideranças políticas, religiosas e médicas
Explicação:
Espero ter ajudado!! bons estudos.