Português, perguntado por biaregina2000, 9 meses atrás

preciso de um TEXTO dissertativo argumentativo sobre "como a genética influencia as pessoas e a sociedade"

por favor preciso muito ​

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Respondido por vzanettitrovao
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Resposta:

TEXTO dissertativo argumentativo sobre "como a genética influencia as pessoas e a sociedade"

Explicação:

Quando grupos humanos são considerados, as simples observação nos convence de que as diferenças na constituição física (por exemplo, cor da pele, altura etc.) são biológicas. Mas há também diferenças em muitos traços comportamentais e estes costumam confrontar o observador com um problema: as diferenças comportamentais são determinadas cultural ou geneticamente?

Historicamente, grande parte das discussões sobre as origens ou causas do comportamento nos revela a existência de uma questão altamente controvérsia. Trata-se da questão inato-adquirido (nature-nurture), também conhecida como nativismo-empirismo, natureza-educação ou hereditariedade-ambiente.  

A premissa básica da abordagem ambientalista é que o ambiente é o principal responsável pela formação das características básicas do homem, especialmente de sua capacidade intelectual. A forma mais extrema de ambientalismo foi proposta séculos atrás pelo filósofo John Locke (1632-1704); segundo ele, a mente do recém-nascido era uma tabula rasa (página, folha ou tela em branco) - a história a ser ali escrita tinha por autor o meio ambiente, isto é, as condições e experiências de vida do indivíduo. Um dos adeptos mais importantes dessa posição foi o psicólogo John B. Watson (1878-1958), fundador do behaviorismo nos Estados Unidos; em seus vários trabalhos insistia numa explicação "cultural" ou "ambiental" do desenvolvimento do comportamento humano, admitindo como premissa básica o fato de que os seres humanos são infinitamente maleáveis, quase totalmente a mercê de seu ambiente .

Também para o psicólogo Burrhus F. Skinner (1904-1990), introdutor do conceito de condicionamento operante,1 a conduta estaria sujeita à regulação de fatores ambientais; em seu livro Ciência e Comportamento Humano, escreve: "O hábito de buscar dentro do organismo uma explicação do comportamento tende a obscurecer as variáveis que estão ao alcance de uma análise cintífica. Estas variáveis estão fora do organismo, em seu ambiente imediato e em sua história ambiental"  

Essa explicação ambientalista resultou em um esforço que antigiu seu ápice nos grandes programas sociais e nas elevadas esperanças da década de 60, quando a atenção governamental recaiu sobre os direitos dos grupos minoritários e daqueles "socialmente desprivilegiados". Nos Estados Unidos, vários milhões de dólares foram gastos na esperança de que essas pessoas pudessem ser levadas a importar-se como cidadãos responsáveis, previsíveis e produtivos. A oportunidade era apresentada sob a forma de maiores facilidades educacionais, treinamento profissional etc.  

Nativismo refere-se à herança biológica de uma pessoa, recebida de seus pais. A afirmação da existência de idéias inatas surgiu com René Descartes (1596-1650) e se constituiu no ponto de partida do longo debate inato-adquirido.  

A posição nativista, no seu extremo, considera que as características básicas do homem (sua inteligência, personalidade, traços físicos etc.) já estão formadas, "prontas" ao nascimento, devido à sua herança biológica (seu dote nativo). Por este motivo, seus adeptos sempre justificaram a presença ou ausência da mesma em um ou em ambos os pais (e mesmo em outros consanguíneos, afastados ou não). Assim, por exemplo, Jorge é inteligente porque seu pai também o é; Aninha só poderia ser uma ótima aluna de balé, pois sua mãe é uma grande bailarina; Mário é delinquente porque "está no sangue", é "tara de família" etc. Afinal, como "bem" diz o ditado popular, "filho de peixe, peixinho é".

Essa posição nativista resultou na crença de que o comportamento humano (ou grande parte dele) é inato, no sentido de que nós nascemos com determinadas tendências e propensões, que não podem ser alteradas por aprendizagem.  

Há dois erros básicos nessa abordagem. O primeiro é que o que passa através das células sexuais não são caracteres, traços ou características (físicas ou comportamentais), mas sim uma informação genética ou genes, para simplificar. Não há genes que tornem alguém um músico ou um cientísta. Os genes criam as bases para os traços culturais, mas não forçam o desenvolvimento de nenhum traço em particular. Caracteres adquiridos não são transmitidos por via biológica.  

O segundo erro está relacionado ao significado da palavra inato. Qualquer traço, caráter ou característica que o indivíduo apresenta ao nascer é, por definição, inato ou congênito, mas não necessariamente hereditário (genético), pois há traços causados por fatores ambientais. Como exemplo, podemos citar as alterações produzidas no feto em decorrência do abuso de álcool pela mãe durante a gestação (principalmente durante os 3 primeiros meses); as anomalias produzidas pela gestante no início da gravidez, tais como sífilis, toxoplasmose e rubéola; entre outros.

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