Preciso de um resumo do livro "Terras do sem-fim" para entregar para a escola urgente. Obrigado!
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Resposta:
As promessas de fortuna rápida são ouvidas por toda parte: aqueles que voltam de Ilhéus contam que o fruto do cacaueiro agora vale mais que ouro. Levas de aventureiros partem de Salvador e de cidades do interior para as “terras do sem-fim” no litoral baiano. Os pequenos povoados da região, como Tabocas e Ferradas, esperam ser desbravados para receber as plantações de cacau.
A ganância povoa e estimula os sonhos dos trabalhadores, mas os perigos da empreitada naquela região ainda virgem não são poucos: mata cerrada, cobras venenosas, a varíola, ou bexiga, misteriosa febre que mata, assombrações, tocaias, tiros e sangue.
Sinhô Badaró e seu temido irmão Juca Badaró são donos de uma fazenda naquelas terras. E a propriedade do coronel Horácio da Silveira fica na mesma vizinhança. A mata de Sequeiro Grande, boa para o plantio, vira objeto de disputa entre as duas famílias de poderosos. Para alcançar Sequeiro Grande, porém, é preciso atravessar o quinhão do lavrador Firmo. E ele não parece disposto a se desfazer de sua terra.
Terras do sem-fim descreve o período de formação da zona cacaueira, com a sede pelo ouro do cacau, a luta pela posse da terra, o estabelecimento das plantações e a construção das pequenas cidades nos arredores de Ilhéus, no sul da Bahia, no começo do século XX.
O universo dos coronéis, dos lavradores, dos capatazes, das senhoras de família e das prostitutas dos cabarés ganha um panorama histórico e autobiográfico de tonalidade épica. Narrativa formadora do universo ficcional de Jorge Amado, Terras do sem-fim retrata os laços sociais da região, retrabalha memórias de infância do autor e expõe a violência e a exploração que marcaram o período.
Explicação: Lançado em 1943, Terras do sem-fim foi o primeiro livro publicado por Jorge Amado depois de seis anos de censura e perseguições políticas. O escritor tinha sido preso duas vezes, em 1936 e 1937, quando da publicação de Mar morto e Capitães da Areia, respectivamente. Após intensa atividade política e na imprensa durante o Estado Novo, fora obrigado a se exilar na Argentina e no Uruguai.