Português, perguntado por alicersebastiao, 3 meses atrás

Preciso de um resumo do livro "O Gato Preto" de Edgar Allan Poe minimo 30 linhas.​

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Respondido por karlaalicia520
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Resposta:

Um homem narra sua própria história. Ele era apaixonado por animais, sempre teve muitos. Casou-se cedo e teve a sorte de encontrar uma mulher que também amava animais. Eles tinham muitos, desde peixes até um macaco, mas o que ele mais gostava era um gato preto, muito grande, o qual chamava de Plutão. Com o passar do tempo, o homem começou a ficar impaciente, irritado, e perdeu seu afeto pelos animais, menos por Plutão. O homem bebia muito, e num dia ao chegar em casa embriagado, furou os olhos de seu gato. Não satisfeito, pegou uma corda e enforcou seu gato numa árvore. No outro dia, acordara assustado com gritos de “fogo! ”. Era sua casa em chamas. No dia seguinte, foi até a sua casa e ver o que restou. Somente uma parede estava de pé, com marcas de um gato enforcado. Ele então partiu a procurar um gato parecido com Plutão, e achou um, com apenas uma diferença, tinha uma mancha branca em seu peito.

O homem tinha ódio do bichano, enquanto sua mulher tinha-o como animal predileto. Ele tentava evitar o gato, que o seguia por todos os lugares. Num dia, descendo as escadas do porão, o gato se enroscou nas pernas. Com raiva, o homem pegou um machado para matar o animal, mas sua esposa se colocou a frente e recebeu uma machadada na cabeça. Morreu sem ao menos gritar. Ele pegou o cadáver da esposa e o escondeu em uma parede recém cimentada. O gato nunca mais apareceu. A polícia revistou toda a casa. Ao sair, o homem se entrega e confessa o brutal crime.

Em "O Gato Preto", Edgar Allan Poe mexe com a sensibilidade do leitor ao apresentar uma história carregada de violência, perversidade e insanidade. Nesse conto narrado em primeira pessoa em forma de memória (ou relato), somos conduzidos pela jornada de um homem que vai de um extremo a outro não só pelo seu vício em álcool, como também, pela deterioração de sua alma

causada em decorrência dos seus atos atrozes.

Explicação:

“O Gato Preto”, de Edgar Allan Poe, foi escrito em 1843, e é uma história repleta de simbolismo que ainda hoje é analisada pela psicologia.

O narrador gosta de animais sobretudo de um gato preto, chamado Plutão, mas devido ao álcool ele sofre mudanças de humor e torna-se violento, chegando a cortar um dos olhos do gato e até a enforcá-lo numa árvore. É nessa noite que há um incêndio na casa da família e o narrador entende isso como um mau presságio, especialmente quando vê a sombra do gato enforcado numa parede que se manteve de pé.

Uma noite, já muito bêbedo, vê um gato semelhante a Plutão e leva-o para casa. Só depois se apercebe que o gato tem uma mancha branca no pêlo em forma de forca.

Ao descer ao porão, tropeça no gato e, em fúria, agarra no machado para matar o gato, só que a mulher tenta defender o animal e é atingida no meio da cabeça. Depois de esconder o corpo por detrás da parede da cave, ele repara que não há sinal do gato. Só quando a polícia chega, e descobre o cadáver escondido, é que é encontrado o gato.

Acredito que Poe se serviu da superstição para incutir um certo medo aos leitores. Os gatos pretos eram (e são ainda) associados ao azar ou a bruxas. Se lerem a história, irão verificar que a culpa, pelo incêndio e pela descoberta do cadáver, recai sobre o pobre do gato.

Ainda me restava alguma coisa do meu antigo coração para que a princípio me afligisse esta evidente antipatia da parte de uma criatura que tanto me amara em tempos. Mas esse sentimento em breve deu lugar à irritação. E apareceu, então, como para me destruir total e irrevogavelmente, o espírito de perversidade. Deste sentimento não se ocupa a filosofia. No entanto, tão certo como a minha alma existe, creio que a perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano - um dos indizíveis sentimentos ou faculdades primárias que marcam a direcção do carácter do homem. Quem não se surpreendeu cem vezes a cometer uma acção tola ou vil pela simples razão de saber que não se deve cometê-la? Não é verdade que temos uma inclinação perpétua, apesar da excelência do nosso julgamento, a violar aquilo que é lei, simplesmente porque sabemos que é a Lei?

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